O CÁRATER DO NEGRO
“O negro – diz MULLER – é, em todas as cousas, um sensitivo, em que a fantasia domina. O fundo do seu temperamento é uma serenidade expansiva. É a esta fantasia sem freio que ele deve o seu amor aos enfeites e a sua frivolidade, assim como seu gosto pelos espetáculos e pela dança. Ele esquece as suas preocupações como as suas penas e se reconcilia com a sua sorte triste. Vive, por assim dizer, au jour le jour; não se inquieta nem do futuro, nem do passado. Desta falta de energia resulta uma certa bondade de temperamento para os seus camaradas e para os seus hóspedes: ele tem a mão e o coração abertos; partilha com eles a sua fortuna supondo que farão o mesmo para com ele. Cheio de benevolência para com os seus amigos, é cruel para os seus inimigos; mas, como acontece com todas as pessoas sanguíneas, a sua cólera, o seu rancor acabam com a morte da vítima. Ele não conhece essa espécie de crueldade canibalesca com que costumam saciar as suas paixões outras raças, como a malaia e a ameríndia. A vida do negro se passa em contrastes; os sentimentos mais opostos acham lugar no seu coração. Da alegria mais intensa e mais insensata ele passa ao mais amargo dos desesperos; da esperança sem limite ao extremo terror; da prodigalidade inconsiderável à avareza sórdida.”
(VIANNA, Oliveira, “Raça e Assimilação”, Companhia Editora Nacional, 3ª Ed., São Paulo: 1938, pp. 44-45)
PSICOLOGIA DIFERENCIAL DAS RAÇAS
“Os tipos étnicos vivem num estado de flutuação e as diferenças entre os tipos são relativas e não absolutas. Isto não significa que estas diferenças sejam sem significação; mas apenas que elas devem ser consideradas como sendo o que realmente são, isto é, como variações de certos atributos fundamentais, que pertencem a toda a humanidade.
É este sentimento de relatividade que deve presidir a nossa compreensão dos problemas concernentes à psicologia diferencial das raças. Esta deve ser encarada segundo o critério dos ‘grupos de freqüência’ e da distribuição dos caracteres nas grandes séries; em suma, segundo o critério da ‘lei dos grandes números’.
Em princípio, nenhum atributo da psique humana é privativo desta ou daquela raça, como queiram fazer acreditar os antigos psicologistas de raças. Esse atributo apenas deve-se revelar mais freqüentemente neste ou naquele tipo antropológico. É justamente nesta maior ou menor freqüência na aparição deste ou daquele atributo que vamos encontrar a caracterização física diferencial de um tipo antropológico qualquer em face dos outros.
(...)
Compreende-se agora por que uma nação não pode ser indiferente nem à qualidade, nem à quantidade dos elementos raciais que entram na sua composição. Trazendo para a formação do plasma racial os seus ‘tipos de constituição’ mais freqüentes, estes elementos raciais determinam os tipos de temperamento e de inteligência que devem preponderar na massa social. (...) Um povo, cujas matrizes étnicas geram, digamos, 80% de indivíduos de temperamento ‘instável’, de RIBOT, não pode dar a mesma forma de civilização, nem ter o mesmo ritmo de progresso, nem revelar as mesmas expressões de cultura, nas artes, nas ciências, na política, nas atividades econômicas, que um outro povo, cujas matrizes étnicas produzem, em quantidade mais numerosa, temperamentos práticos ativos ou resolutos.”
(Idem, pp. 50-52)
DETERMINISMO RACIAL EXISTE
“Os modos de expressão da vida social, sejam morais, sejam intelectuais, de um dado grupo, como se vê, estão dependentes dos tipos de temperamentos e dos tipos de inteligência nele preponderantes. Estes tipos de inteligência e de temperamento estão, por sua vez, dependentes dos ‘tipos de constituição’. Ora, como estes, por sua vez, estão dependentes dos ‘tipos étnicos’, isto é, daqueles tipos somatológicos a que chamamos ‘raças’, a conclusão é que a raça é, em última análise, um fator determinante das atividades e dos destinos dos grupos humanos.
Imaginemos uma sociedade relativamente homogênea, onde domine fortemente um determinado tipo étnico. O encadeiamento causal, o sorites antropo-sociológico deve ser este:
a) a ‘raça’ (tipo étnico) determina a maior freqüência deste ou daquele ‘tipo de constituição’;
b) este ‘tipo de constituição’ determina a maior freqüência dos ‘tipos de temperamento’ e dos ‘tipos de inteligência’;
c) estes tipos de inteligência e de temperamento mais freqüentes, portanto mais numerosos, vão condicionar as manifestações das atividades sociais e culturais do grupo.”
(Idem, pp. 54-55)
ANTROPOLOGIA BRASILEIRA
“Há, com efeito, duas espécies de branco: o branco puro (genótipo) e o branco aparente, isto é, o mestiço brancóide, de aspecto ariano (fenótipo). O mesmo se dirá do negro: há o negro puro e o mestiço (mulato) negróide. E também o mesmo para o índio: há o índio puro e o mameluco de tipo indióide.”
(Idem, p. 233)
O PROBLEMA DO VALOR MENTAL DO NEGRO
“Em relação ao negro puro, minha opinião – a que falta ainda a base de estudos psicométricos definitivos porque os já feitos, e são numeroso, não me parecem ainda bastantes) – é de que, para certos tipos de inteligência superiores, ele revela, na sua generalidade, uma menor fecundidade do que as raças arianas ou semitas, com que ele tem estado em contacto. Para os tipos de classe F de Galton, ou para os super-normais, como se diz na tecnologia psicométrica contemporânea, o negro, com efeito, não me parece poder competir com as raças brancas, ou amarelas. É o que a observação demonstra e os resultados das pesquisas de psicologia experimental parecem confirmar.
(...)
O que parece é que, entre os negros, estes tipos intelectualmente superiores são produzidos em pequena proporção, isto é, em proporção incomparavelmente menor do que, por exemplo, nas raças arianas ou semitas.
(...)
Equivale dizer que, numa população de 10.000 negros, haveria probabilidade de existir cerca de 80 negros de inteligência superior, ao passo que uma população de 10.000 brancos deveriam produzir-se 500. Como estes tipos superiores se concentram, normalmente, nas altas camadas sociais e formam as elites dirigentes, pode-se concluir que a elite da população branca seria incomparavelmente mais rica de elementos superiormente dotados do que a elite da população negra.
Neste ponto, as duas raças são desiguais – e esta desigualdade se reflete na desigualdade da riqueza eugenística das suas elites respectivas. Ora, como a civilização moderna é muito exigente destes tipos superiores na composição das suas elites, compreende-se e explica-se porque o negro, vivendo dentro desta civilização, revele certa inferioridade em face dos grupos brancos e brancóides com os quais convive.
É claro que esta inferioridade relativa do negro só é suscetível de determinação segura, ou melhor, de pré-determinação quando consideramos os negros em grupos, formando uma população; individualmente, isto é, para cada caso isolado, é absolutamente impossível saber-se se um dado negro é um tipo superior ou um tipo inferior, é um super-normal ou um sub-normal – um gifted ou um dull.
(...)
Dizer, portanto, que todo negro é estúpido é tão absurdo como seria dizer que todo branco é inteligente.
Esta desigualdade entre as duas raças só se revela, como já dissemos, quando os seus indivíduos se apresentam reunidos em grandes massas. Nesse caso, há quase certeza matemática nesta conclusão: de que um grupo de 10 mil negros há de se mostrar incomparavelmente mais rico em dulls do que um grupo de volume igual, formado exclusivamente por tipos arianos ou semitas, por exemplo.”
(RODRIGUES, Nina, “As Raças Humanas”, Livraria Progresso Editora, Salvador: 1957, pp. 271-274)