Friday, June 03, 2016

A sinistra festa do Judaísmo: "Purim"



No Purim de 1994, o colono israelense nascido no Brooklyn, Baruch Goldstein, massacrou 40 Palestinos enquanto eles rezavam em Hebron.

No Purim de 2003, os EUA invadiram a nação soberana do Iraque, oficialmente, para eliminar as armas de destruição em massa.  Porém, na realidade o fizeram para neutralizar uma possível ameaça iraquiana ao governo de Israel.  Aproximadamente 5 mil americanos mortos e um trilhão de dólares mais tarde e o Iraque foi totalmente castrado, assim com os israelenses e seus agentes americanos desejavam, apesar dos danos à economia dos EUA e nossos soldados homens e mulheres.

No caminho do Purim de 2012, o Senador John McCain exigiu que uma América cheia de dívidas se responsabilizasse num bombardeio multimilionário na Síria, enquanto o Senador Joseph Lieberman, falando pelo lobby de Israel na conferência AIPAC, pediu um ataque americano ao Irã se o governo daquela nação Persa não cessasse seu inexistente programa de armas nucleares.  O filósofo alemão G.W.F. Hegel observara que a única coisa que nós aprendemos da história é que nada aprendemos da história.

GUERRA RACIAL ANTIGA REVIVIDA

J.D. Longstreet no website da "Fundação Salve América: Patriotas em Ação" declara que: "Antes que o Irã fosse renomeado Irã era Pérsia.  A fenda entre os Judeus e os Persas não é nova.  Ela data de muitos séculos...É impossível ler o livro de Ester essa semana, especialmente, e não enxergar os paralelos entre um antigo Judeu aproximando-se de um grande potentado pedindo por ajuda para salvar as vidas do povo Judeu.  Pode-se somente esperar que Obama reaja como fez o Rei Asuero e que tanto Obama quanto Netanyahu possam curtir um pouco daqueles famosos cookies "Orelha de Haman" na celebração da ocasião especial quando os Judeus foram salvos e Haman, o mau primeiro-ministro da Pérsia, não teve sucesso em seu complô para matar todos os Judeus..."

No domingo, 4 de março, Herb Keinon escreveu no Jerusalem Post que: "Netanyahu...encontrar-se-á com o Presidente norte-americano Barack Obama na segunda-feira para discutir como para um tirano persa interessado em matar Judeus.  O encontro é justamente dois dias antes do Purim, uma festa narrando novamente um conto similar, envolvendo o intento de um tirano Persa em matar Judeus milhares de anos atrás.  Não se surpreenda se de certo modo conecte esses dois pontos durante comentários públicos que ele fará em Washington."

Por que nós não ficamos surpresos com isso, de acordo com o National News de Israel, durante as três horas que o Presidente Barack Obama gastou com o Primeiro Ministro Israelense Binyamin Netanyahu na Casa Branca em 5 de março, "Netanyahu aproveitou a oportunidade para descrever um paralelo entre a narrativa do Livro de Esther – onde o malvado Haman procura destruir o povo Judeu por todo o Império Persa – com o atual conflito de Israel com o Irã...Irã é geograficamente Pérsia e os Iranianos são descendentes dos antigos Persas."

Uma guerra racial milhares de anos atrás é invocada em deliberações do Presidente dos Estados Unidos, concernindo política de guerra de nossa nação.  A moderna nação do Irã é identificada com a antiga nação da Pérsia pelo Primeiro Ministro de Israel e seus apoiadores na imprensa sionista e a direita “patriótica” americana.  O alto funcionário Persa é vinculado aos funcionários do atual Irã.  O antigo estereótipo racial contra o qual os rabinos e a mídia uivam quando aplicado aos “Judeus” é livremente aplicado aos iranianos em nome da sobrevivência nacional e auto-defesa de Israel.

Esse contemporâneo objetivo racial se torna mais ameaçador quando consideramos que Haman foi identificado como parte da nação de Amalec que Deus ordenou fosse aniquilada.  No ensinamento cristão, a nação de Amalec não é mais mencionada.  Essa crença está de acordo com a Bíblia em Deuteronômio 25,17-19 "apagar a memória de Amalec sob o céu".  Na medida em que Amalec foi embora da face da terra e crentes na Bíblia a removeram de sua memória, aqueles que mantêm esta memória viva estão em violação da vontade profética de Deus.  Esse desafio emana do Talmud Babilônico, que antevê uma guerra em andamento com Amalecitas que são definidos pelos rabinos do século XXI como os anti-semitas entre nós, significando qualquer um que obstaculize o Sionismo ou o Judaísmo.

Em acréscimo à grave ameaça de extermínio que essa crença deturpada apresenta ao desumanizado povo do Irã, é também uma justificativa para o assassinato de todos os oponentes do Judaísmo Talmúdico e do apartheid do "Estado de Israel", que são classificados como “anti-semitas”, sejam eles iranianos ou não.

AMALEC FOI O PRIMEIRO “ANTI-SEMITA”

O Rabino Eliezer Melamed é um líder do movimento de colonos propensos à violência e o chefe do Yeshivat Har Bracha Cisjordânia ocupada da Palestina.  Ele é estimado como uma autoridade na lei rabínica.  Seus maiores trabalhos incluem sua pesquisa legal, Pininei Halacha.  Melamed usa sua coluna semanal no jornal Israelense Basheva para defender ataques ("vingança") sobre Palestinos pelo governo e exército Israelense: "Não aspiramos vingança privada, mas vingança estatal liderada pelas Forças de Defesa de Israel e todos os sistemas de governo." (Cf. Haaretz, March 18, 2011).

O Rabino Melamed declarou que aqueles que adoram Jesus Cristo são idólatras: "...eles (Cristãos) ainda abraçam a idolatria, acreditando que 'oto ha'ish' [Jesus] é Deus e o Messias, que ressuscitará para redimir o mundo... Essa ilusão que Jesus é o Messias é na realidade uma crença falsa.  Como nós aprendemos das palavras do Rambam (Moses Maimonides, Leis dos Reis 11:4): 'Jesus o Cristão, que pensava fosse ele o Messias... foi o assunto de uma profecia no Livro de Daniel (11:14): 'Nesse momento, muitos se levantarão contra o rei do sul; homens violentos de teu povo revoltar-se-ão para cumprir a visão, mas fracassarão."

Para o Purim de 2012, o Rabino Melamed fez a seguinte declaração: "Embora o principal mitzvah de extermínio de Amalec repousa sobre a comunidade em geral, todo Judeu individual é também obrigado a realizar esse mitzvah.  Portanto, se alguém encontrar um Amalecita e tiver a chance de matá-lo, mas não o faz – ele tem anulado esse mitzvah (Sefer HaChinuch, 604).

Amalec foi o primeiro anti-semita.  Hoje, a semente de Amalec foi perdida; porém, se se torna claro que uma certa pessoa é um Amalecita, seguindo esses caminhos, seria um mitzvah (façanha abençoada) matá-lo (ver Kol Mevaser 2:42)...Somente depois que o mal for erradicado do mundo pode haver alegria completa.  Desta forma, no Purim, depois da obliteração de Hamam e de seus filhos, felicidade é especialmente grande." Cf. Rabbi Eliezer Melamed, "Amaleck: War Against the Root of Evil," Israel National News, Feb. 28, 2012.

O Rabino Melamed, então, cria uma cláusula de escape no caso de algumas pessoas se horrorizassem com a noção de matar alguém rotulada como um "anti-semita": "...se um Amalecita decide tomar sobre si a realização dos Sete Mitzvoth dos filhos de Noé, de acordo com a lei Judaica, não há mais uma obrigação de matá-lo..."

Os "Sete Mitzvoth dos filhos de Noé, de acordo com a lei Judaica" (em outras palavras, a lei Talmúdica e sucessivas halachas delas derivadas), decreta morte aos idólatras.  No Judaísmo, a adoração de Jesus Cristo é definida como avodah zorah (adoração idólatra).  Os Amalecitas "anti-semitas" e aqueles que adoram Jesus são sujeitos à morte.  Eles somente podem escapar da pena capital aceitando as Sete Mitzvoth dos filhos de Noé e negar que Jesus é Deus.  Isso é o que significa "tomar sobre si" as "Sete Mitzvoth dos filhos de Noé" (Leis de Noé): o status de Messias e divindade de Jesus Cristo deve ser negado.  O congresso norte-americano está no registro (Lei Pública 102-14) recomendando o decreto dessas falsificadas leis de "Noé" (no Judaísmo Ortodoxo o patriarca Noé é ridicularizado como de baixo caráter; cf. Judaism's Strange Gods [2011] p. 108).

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