Saturday, March 03, 2018

A descristianização da América

por Pat Buchanan

A resposta de Gramsci – uma "longa marcha" através das instituições.  Os marxistas devem cooperar com progressistas para capturar as instituições que moldaram as almas dos jovens: escolas, faculdades, cinema, música, arte e a nova mídia de massa que veio sem censura a todos os lares, rádio e, depois da morte de Gramsci, televisão.  Uma vez que as instituições culturais fossem capturadas, uma esquerda unida poderia começar a descristianização do Ocidente.  Quando, após várias gerações, isso fosse realizado, o Ocidente não mais seria o Ocidente, mas uma outra civilização, e o controle do Estado seguiria inevitavelmente o controle da cultura.

Mas, como o Cristianismo começou a morrer no Ocidente, algo mais ocorreu: povos Ocidentais começaram a parar de ter filhos.  Pois a correlação entre fé religiosa e grandes famílias é absoluta.

Onde quer que o secularismo triunfe, as populações começam a encolher-se e morrer.

Parece uma lei férrea: mate a fé de uma nação, e seu povo cessará de reproduzir.  Exércitos estrangeiros ou imigrantes então entram e preenchem os espaços vazios. Descristianizando a América, a revolução cultural descobriu um contraceptivo tão efetivo quanto a pequena pílula do Dr. Rock.

Meio século atrás, a Suprema Corte foi capturada por ideólogos judiciais que entenderam seu poder latente de transformar a sociedade.

Onde a Primeira Emenda proibiu o Congresso de fazer qualquer lei "relativamente à instituição de uma religião", e requereu o Congresso a respeitar o "livre exercício" da fé, a Suprema Corte reinterpretou as palavras para justificar um ataque antecipado sobre o Cristianismo.  Todas as bíblias, livros, cruzes, símbolos, cerimônias e feriados cristãos foram retirados da esfera pública e escolas públicas.

Se a América cessou de ser um país Cristão, é porque ela cessou de ser um país democrático.  Esse é o real coup d'etat.

Aborto foi um crime; agora é um direito.  Assim disse a Corte.  Orações voluntárias na escola violam a Primeira Emenda, mas dançarinas nuas em nightclubs não mais. Quando o Estado do Colorado votou em um referendo para deter a legalização do homossexualismo, a Suprema Corte decidiu que os motivos dos votantes eram suspeitos e o rejeitou.

"Nosso direito e nossas instituições devem necessariamente ser baseadas e incorporadas pelos ensinamentos do Redentor da humanidade", disse a Suprema Corte na decisão de 1892, Igreja da Santíssima Trindade v. Estados Unidos.  "Nossa civilização e nossas instituições são enfaticamente Cristãs."  Isso a América aboliu, pela ordem de uma diferente Corte.  O antigo consenso moral desmoronou, e a comunidade moral erguida sobre isso não mais existe.

"A Corte, não o povo, é agora o agente da mudança na sociedade Americana", escreve o Prof. William Quirk, co-autor de “Judicial Dictatorship” (Ditadura Judicial).

O catecismo da revolução ensina que o homossexualismo é uma preferência, não um pecado, e aqueles que tratam os gays e lésbicas de forma diferente são intolerantes que devem ser expostos e reeducados.

Pois homossexualismo não é liberação, é escravidão.  Não é um estilo de vida; é um estilo de morte.

A única forma que o movimento dos direitos dos gays pode ser bem sucedido fazendo a sociedade aceitar o homossexualismo como natural, normal, moral e saudável, é primeiro descristianizar essa sociedade.  E, reconhecidamente, eles estão progredindo.

• Um em quatro filhos nascidos de brancas são fora do casamento.  Em 1960, o número era 2%. Três em quatro brancas não casadas tiveram relacionamentos na idade dos 19.  Em 1900, o número era de 6%. Suicídios de adolescentes são o triplo do que eram no início dos anos 60.  Os testes dos estudantes secundaristas estão entre os mais baixos das nações industrializadas;

• Abortos nos EUA agora perfazem cerca de 1,2 a 1,4 milhões por ano, a taxa mais alta do Ocidente, com 40 milhões executados desde Roe v. Wade. Os nascimentos para mulheres casadas nos EUA, de 4 milhões em 1960 caiu para 2,7 milhões em 1996;

• A taxa Americana de divórcio é 350% maior desde 1962, e um terço de todas as crianças Americanas agora vivem em lares de pais solteiros;

• Aproximadamente 2 milhões de Americanos estão na cadeia, 4,5 milhões em condicional. Em 1980, a população em prisão era de 500.000;

• Há seis milhões de viciados em drogas nos EUA;

Essas são as estatísticas de uma sociedade decadente e moribunda, os primeiros frutos da revolução cultural que está descristianizando a América.  Lendo essas estatísticas, recorda-se de Whittaker Chambers em “Witness”: "A história é confundida com as ruínas das nações que se tornaram indiferentes a Deus, e morreram."

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