por Henry Makow Ph.D.
A maioria das pessoas pensa que o Judaísmo é sinônimo do Antigo Testamento. Mas Uriel de Costa (1585-1640) se tornou um famoso herético Judeu porque sustentou a Lei de Moisés.
Na Espanha dos séculos XIV e XV, mais de 250,000 Judeus foram forçados a se tornarem cristãos, sob pena de expulsão. A família de Uriel de Costa estava entre esses "conversos" ou "marranos." Um membro da nobreza e muito rico, Uriel estudou em uma universidade jesuíta e se tornou sacerdote. Porém, ele começou a questionar sua fé: "A razão sussurrou em meu ouvido algo absolutamente irreconciliável com a fé."
Ele leu o Antigo Testamento e nele descobriu "menores dificuldades." Ele acreditava em Moisés e "decidiu viver de acordo com sua lei." Assim, ele desistiu de seu ofício eclesiástico e bela casa e navegou até Amsterdam, um "lugar onde nós sentimos que os Judeus podiam viver em liberdade e cumprir dos mandamentos." Na chegada, ele e seus irmãos imediatamente "submeteram-se à circuncisão."
De Costa tinha um violento despertar. O Judaísmo bíblico não mais existia. "Após os primeiros dias, ele começou a entender que os costumes e instituições dos Judeus não estavam todos de acordo com o que Moisés escreveu ... os Judeus estavam errados por terem inventado tantas coisas fora do padrão ... Os sábios da atualidade mantiveram tanto seus costumes como seu caráter perverso. Eles ainda lutam teimosamente pela seita e instituições dos maus fariseus.."
Ele não podia encontrar uma base para a maioria dos costumes Judeus na Bíblia nem o Antigo Testamento fala da ressurreição ou imortalidade da alma.
Ironicamente para um homem que deixou sua casa pela liberdade religiosa, a Judiaria de Amsterdam não deixou-o desviar-se de sua opinião nem levemente. Ele foi ameaçado com excomunhão e exclusão da comunidade. Ele insistiu na liberdade religiosa e foi expulso. "Até meus irmãos dos quais fui professor, me ignoraram, temerosos que estavam com as autoridades que nem mesmo me cumprimentavam na rua."
De Costa "acreditou em fazer algo agradável a Deus defendendo livre e abertamente a lei de Moisés," escreveu em sua autobiografia, "Exemplo de uma Vida Humana."
Mas ele viveu em isolamento da comunidade Judaica e em grande solidão. Depois de sete anos, ele tentou a reconciliação. Ele descreve a humilhação que ele teve que agüentar. Ele foi despido até a cintura, amarrado a uma coluna e forçado a recitar um salmo enquanto era fustigado pó 39 vezes. Em seguida, ele se vestiu e deitou-se sobre o piso da sinagoga enquanto toda a congregação –homens, mulheres, crianças e idosos—tripudiava-o na rua.
"Nenhum macaco podia ter inventado uma ação mais depreciativa, sem sentido e ridícula" escreveu.
O aguilhão dessa humilhação permaneceu com De Costa e ele não podia executar a reconciliação. Ele não viu outra saída senão se matar com um tiro. Como um suicida, ele não podia ser enterrado em uma sepultura sinalizada no cemitério Judaico.
CONCLUSÃO
Diante da intolerância cristã, De Costa descobriu sua contraparte Judaica. Como muitos Marranos, ele foi abandonado entre dois mundos.
Ele pertenceu à tradição dos Saduceus e posteriormente dos Caraítas, que insistiram na aderência à lei escrita. Mas esses grupos foram suprimidos pelos Fariseus, que dominaram o Judaísmo com a tradição oral (Talmud) e a satânica pseudo-mística Cabala. (A Cabala pretende que o homem seja Deus sem se tornar como Deus, ou seja, moralmente perfeito)
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Fonte: The Secret Jews by Joachim Prinz (1973)
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