Padre Leonard Feeney
Janeiro de 1959
A maioria dos americanos, escutando essa questão,
prontamente responderia: “Sim, o ódio deveria ser ilegal por todos os meios!”
Sua ânsia em responder pode ser julgada por todos bastante facilmente. Durante a metade da última década, eles foram
triturados com uma propaganda ostensiva calculada para deixá-los em um estado
de afabilidade confusão em relação a tudo.
Aquelas técnicas de propaganda que são normalmente usadas para encorajar
os americanos a serem exigentes em matéria de sopa e pasta de dente estão agora
sendo alistadas para persuadi-los que não há uma tal coisa como um produto
superior em matéria de cultura e credo. Em
outdoors, em pôsteres no ônibus e metrô, em jornais e revistas, através das
transmissões de rádio e TV, os americanos estão sendo afirmados e reafirmados,
tanto sutil quanto ousadamente, que “Intolerância é fascismo ... Somente Irmandade pode salvar nossa nação ...
Nós devemos ser tolerantes em tudo!”
Os efeitos de longo prazo dessa campanha são agora
evidentes. Ela está produzindo o
“cidadão sem personalidade”: o homem que não tem quaisquer sensibilidades
culturais; que é incapaz de indignação; cuja única atividade mental é meramente
uma extensão do que ele lê no jornal ou vê na televisão; que encara o desastre
moral em sua vizinhança, o desastre policial em seu país, e uma iminente
catástrofe mundial com um semblante desinteressado e risonho. Ele tem somente compreensão para os inimigos
do seu país. Ele não tem nada senão
benévolos sentimentos para aqueles que destroem sua casa e família. Ele tem uma séria simpatia para alguém que
obliteraria sua fé. Ele é universalmente
tolerante. Ele é totalmente sem
preconceitos. Se ele tem quaisquer
princípios, ele os retém bem ocultos, para que, ao defendê-los, não pareceria
indicar que os princípios contrários pudessem ser inferiores. Ele é, ao perímetro de suas habilidades, exatamente
como o próximo cidadão, que, ele confia, está tentando ser exatamente como ele:
um tapado sem identidade, e sem caráter.
Junto com tudo o mais, católicos americanos têm sido
martelados com os slogans da campanha
“anti-ódio”. Adicionalmente, eles
lembram as histórias de como o preconceito contra católicos freqüentemente
tornou a América um lugar muito desconfortável para seus avós imigrantes
católicos. E assim, eles também, se
perguntados, declarariam sem hesitar que ódio deveria ser ilegal.
O que católicos americanos não param para refletir é que a
fé católica, pela sua plena natureza, encoraja indignação, posições
intolerantes, e forte discurso. A Igreja
é fundada para continuar o divino ministério de Jesus Cristo, Que manifestou
que Ele veio à terra, “não para trazer paz, mas a espada ... para pôr fogo na Terra,
e que Eu desejo é que ele seja despertado.”
Aceitando sua vocação para serem “outros Cristos”, os
católicos estão diante de incontáveis exemplos de austeridade evangélica. Eles são lembrados que o mesmo Jesus disse: “Tomai
meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de
coração”. Da mesma forma, ele disse: “eu
vim trazer a divisão entre o filho e o pai, entre a filha e a mãe, entre a nora
e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas de sua própria casa.” Nem podem eles esquecer que o mesmo Jesus,
que submeteu-Se à multidão de judeus no jardim de Getsemani, anteriormente
derrubou as mesas dos mercadores e os expulsou do templo com um chicote.
Ao aceitar sua posição como membros contemporâneos da
Igreja, os católicos americanos devem tomar como sua herança as percepções,
atitudes e propósitos de seus irmãos e irmãs mais velhas na fé – aqueles
católicos que vieram antes deles e preservaram a Igreja até nossos dias. Pois a Igreja Católica é una. A Igreja que chamou seus filhos para levantar
a cruz e a espada e expulsar o infiel da Terra Santa, a Igreja que isolou os
judeus da cristandade com rígidas leis e muros do gueto, a Igreja que
repetidamente condenou as doutrinas daqueles que dela discordam, é a mesma
Igreja Católica que reclama a lealdade de 35 milhões de americanos do século
XX.
Junto com a missa, os sacramentos e todos os tesouros
espirituais que são um direito de primogenitura católico, esses católicos
americanos devem também assumir o resto de seu legado. Como membros da Igreja Militante – levantada
pelo sacramento da confirmação para serem soldados de Jesus Cristo – eles são
herdeiros de uma tradição que ficou marcada através dos séculos pela militância
sustentada e desavergonhada.
Exemplos do confronto entre a observância tradicional
católica e a atual campanha “anti-ódio” poderiam ser indefinidamente
multiplicados. Todo capítulo em toda
época da história da Igreja lhes abastecerá, porque a questão principal
envolvida é doutrinária e constante. É a
afirmação firme da Igreja Católica de ser a Única Igreja Verdadeira
estabelecida por Deus. É essa convicção
de católicos por todos os séculos que deixa nossos maiores heróis e santos e a
plena constituição da própria Igreja aberta às acusações de preconceito e
intolerância.
A Igreja Católica não acredita que todas as religiões estão
em um plano comum. Não subscreve a
popular noção que “nós somos todos conduzidos para o mesmo lugar, você e seu
caminho e nós nos nossos.” A Igreja
Católica acredita que o cristianismo é a única chance no mundo para a salvação,
e também insiste que os verdadeiros cristãos são encontrados somente no
interior de seu aprisco, sob o Supremo Pastor, o Vigário de Cristo, Nosso Santo
Padre em Roma.
Inevitavelmente, essa crença, quando traduzida em ação
prática, produz para alguns arranjos intolerantes: católicos são admoestados a
não casarem com hereges e judeus; eles não podem estar presentes em um serviço
religioso não-católico; crianças católicas devem ser enviadas a escolas
católicas. O motivo por trás dessas
práticas preconceituosas é a preservação da fé – não como uma curiosidade
antiquada, mas como uma necessidade vital.
E não como uma necessidade para uns poucos escolhidos, mas como uma
necessidade para todos os homens, por toda parte.
É essa terrível urgência a respeito da fé que explica tanto
a rigidez da Igreja em matéria de doutrina um seu amor abrangente em matéria de
apostolado. Pois a nota da absoluta
necessidade que se liga à Igreja Católica e faz da Igreja tão intolerante e
firme é, ao mesmo tempo, o impulso e a energia por trás de todo apóstolo. É precisamente porque eles são intolerantes o
suficiente para acreditar que todos os homens necessitam da fé católica no
intuito de serem salvos, que os missionários da Igreja, desde o tempo de São Paulo,
têm dado ao mundo seu mais heróico exemplo de amor zeloso, intenso, constante,
suado, sangrento, moribundo, mas interminável.
É esse amor, esse fervor apostólico, que o programa
“anti-ódio” pretende eliminar. Pois o
resultado final da propaganda que está agora incessantemente esmagando a nação
será não somente um cidadão americano sem personalidade, mas uma catolicismo
americano fraco – um catolicismo que terá medo de afirmar sua própria
singularidade e importância, um catolicismo que tentará se tornar mais parecido
com suas religiões vizinhas, não fazendo nada para perturbar, nada para
criticar, nada que de qualquer maneira ocasionasse ser acusado de intolerância,
preconceito ou ódio.
Certamente ninguém irá supor que os promotores da campanha
“anti-ódio” são apenas um grupo de intrometidos bem intencionados que lançaram
a coisa com toda inocência e que ficariam apavorados em ouvir que isso
frustraria os planos da Igreja Católica.
A verdade da matéria é muito pelo contrário. Da mesma forma que os comerciais de sabão
falados rapidamente tocam na credulidade das donas de casa americanas para
fazer dinheiro para os grandes industriais de sabão, assim os slogans anti-ódio
estão vendendo aos americanos uma cartilha de bens que farão grandes lucros
para os ousados inimigos da Igreja Católica.
Esse deliberado e calculado programa é um descendente linear
da campanha do século XVIII que clamava por “liberdade, igualdade e
fraternidade”, e terminaram por devastar a França católica. São mais ou menos todas essas aventuras
anti-católicas de livre pensamento e sem limites que têm atormentado a Igreja
desde o tempo da revolta protestante – humanismo, jacobinismo,
franco-maçonaria, liberalismo, secularismo, comunismo etc. Porque muitos desses movimentos podem diferir
uns dos outros em meios que eles defendem, mas eles todos estão trabalhando
para o mesmo fim. Eles têm a intenção de
construir a “Cidade do Homem” – em detrimento da inevitável Cidade de
Deus. Eles estão furiosos com a Igreja
por causa de sua calma insistência que a única coisa que realmente importa é a
salvação eterna, e que ela é a comissária divina da arca da salvação. Eles estão determinados a mostrar que a
Igreja não é importante: se não a destruindo violentamente, então reduzindo-a
ao nível das seitas.
Foi esse último expediente que clamou Jean Jacques Rousseau,
mensageiro da Revolução Francesa e evangelista declarado da irmandade da
multidão. Rousseau sustentava (no Contrato Social, Livro IV) que a
adoração de Deus deveria ser permitida continuar, desde que não se tornasse um
fim em si mesmo. A teologia não deve
usurpar o lugar superior da política; os interesses da religião devem estar
subordinados àqueles do estado. Conseqüentemente,
ele sentiu que o poder civil deveria decidir quais artigos de crença os
cidadãos poderiam abraçar. E entre esses
artigos, Rousseau encorajou apenas uma proibição: quem quer que dissesse “não
há salvação fora da Igreja”, deveria ser banido.
Como certamente e seguramente os judeus têm estado por trás
da franco-maçonaria, ou secularismo ou comunismo, estão por trás da iniciativa
“anti-ódio”. Não que esse movimento
representa a fruição da doutrina talmúdica.
Os judeus estão defendendo a tolerância somente para seus valores
destrutivos – isto é, da Igreja Católica.
Por sua parte, eles ainda mantêm vivos os rancores e antipatias
raciais. Seu Talmud, por exemplo, ainda
ensina que Cristo foi um insolente impostor, e dá um relato blasfemo
impublicável de sua descendência e maternidade.
E como a época do Natal de tempos passados deveria ter nos ensinado, os
judeus, por toda sua irmandade comunica, não tem de modo algum abandonado seu
programa resoluto de tornar todos os reconhecimentos do Natal desaparecidos da
vida pública e social da nação.
O segredo do sucesso dos judeus é, obviamente, que eles
podem praticar tal ódio privado enquanto promovem o público “amor”, e não serem
acusados de inconsistência. Pois, como
sempre, eles estão dirigindo o espetáculo principalmente nos bastidores. Eles fazem entender sua mensagem por meio dos
cooperativos gentios. E há provavelmente
mais de tais gentios disponíveis hoje – tanto do tipo que aceita quanto do tipo
desejoso de ser enganado – do que outrora na história. Como uma boa sorte mais além, os diretores
judeus da indústria do entretenimento na América podem hoje garantir que um
porta-voz da irmandade, bem localizado (isto é, por trás de um microfone ou
diante de uma câmera de televisão) seja capaz de influenciar os americanos aos
milhões.
E a campanha dos judeus está se sucedendo. Nós temos toda razão para ficarmos alarmados
por seu sucesso. Católicos americanos,
mesmo aqueles que não estejam tomando parte ativamente na fala da tolerância,
estamos hoje mantidos sob a onipresença ameaça de sermos acusados de ódio,
preconceito e intolerância.
Na face de um novo ano que será o maior para os promotores
da irmandade, The Point implora que
os católicos americanos realinhem-se com as tradições militantes de seus
avós. Nenhuma ameaça de “preconceito”,
nenhuma acusação de “intolerância” deveria temperar nosso zelo ou silenciar
nossa mensagem. Nós devemos preservar
nossa comissão para “sair e ensinar todas as nações...”; para “reprovar, rogar,
repreender com toda paciência e doutrina”.
Indignos como somos, nós, católicos americanos devemos
proteger-nos do dever de designar os inimigos de Deus e o privilégio de
carregar a Verdade revelada de Deus às pessoas de nosso país, que, rezamos, a
escutarão com generosidade e gratidão, e que repetirão essa intolerante
Profissão de Fé que a Igreja requer de todos novos conversos: “... Ao mesmo
tempo, eu condeno e reprovo todos que a Igreja condenou e reprovou. Essa mesma fé católica, fora da qual ninguém
pode ser salvo, que eu agora abertamente professo e para a qual eu
verdadeiramente adiro, a mesma que eu prometo e juro manter e professar, com a
ajuda de Deus, inteiro, inviolado e com firme constância até o último sopro de
vida; e eu deverei aspirar tanto quanto possível que essa mesma fé deverá ser
abraçada, ensinada e publicamente professada por todos aqueles que dependem de
mim, e através daqueles que eu deverei ter que carregar.”
(do Rituale Romanum,
publicado em 1947 com o imprimatur do Cardeal Arcebispo de Nova Iorque)
Um exemplo militante
Uma recente notícia do Vaticano declarou que São Lourenço de
Brindisi pode logo ser declarado um doutor da Igreja universal. O franciscano italiano, que morreu em 1619, deveria
ele receber esse título, se tornando, desta forma, o trigésimo santo do qual a
Igreja tem especialmente distinguido como um professor da fé para todos os
católicos do mundo.
Nascido em Brindisi, em 1559, São Lourenço precocemente
demonstrou os dons singulares que fariam dele um brilhante pregador. Como um frade capuchinho, com uma comissão
pessoal do Papa Clemente VIII, o santo comunicou vigorosos sermões nos
principais guetos italianos, e assim causando a si mesmo um amargo
ressentimento entre os judeus, que persistiram até hoje.
Para nossa era de católicos acanhados, Lourenço de Brindisi
fornece um exemplo reprovável. Não somente
trabalhou incansavelmente para desafiar a perfídia dos judeus, mas trouxe de
volta à fé muitos que tinham cedido à revolta protestante, e, mais espetacular
de tudo, ele conduziu um exército contra os turcos. Foi na Hungria, no ano de 1601, que São Lourenço,
armado com nada mais do que seu capuz e seu crucifixo, conduziu um exército
cristão, na proporção de quatro para um, a uma vitória surpreendente sobre os
infiéis.
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