From the desk of Paul Belien on Sat, 2007-06-23 18:53
Semana passada, uma corte alemã sentenciou um pastor luterano de 55 anos a um ano de cadeia por “Volksverhetzung” (incitação do povo) porque ele comparou o assassinato de nascituros na Alemanha contemporânea ao holocausto. Na próxima semana, o Conselho da Europa estará votando uma resolução impondo o Darwinismo como ideologia oficial da Europa. Os governos europeus são demandados a combater a expressão de opiniões criacionistas, tais como teorias da jovem terra e design inteligente. De acordo com o Conselho da Europa essas teorias são “antidemocráticas” e “uma ameaça aos direitos humanos”.
Sem aborto legalizado o número de crianças alemãs aumentaria anualmente pelo menos em 150.000 – que é o número de abortos legais na escassa de nascimentos Alemanha. Pastor Johannes Lerle comparou o assassinato dos nascituros ao assassinato dos Judeus em Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial. Em 14 de junho, uma corte em Erlangen decidiu que, por assim proceder, o pastor “incitou o povo” porque sua declaração foi uma negação do holocausto dos Judeus na Alemanha Nazista. Por isso, o sr. Lerle foi sentenciado a um ano de cadeia. Anteriormente, ele já havia gasto oito meses na cadeia por chamar os abortistas de “assassinos profissionais” – uma alegação que a corte decidiu ser caluniadora porque, de acordo com a corte, os nascituros não são humanos.
Outras cortes alemãs condenaram pró-vida por dizer que “nas clínicas de aborto, a vida de menor valor está sendo assassinada”, porque essa terminologia evocou o programa de eutanásia de Hitler, que usou a mesma linguagem. Em 2005, uma alemã pró-vida, Günter Annen, foi sentenciado a 50 dias de cadeia por dizer “Parem os abortos injustos [rechtswidrige] na prática [médica]”, porque, de acordo com a corte, a expressão “injusta” é entendida pelos leigos como significando ilegal, o que os abortos não são.
Volksverhetzung é um crime que os Nazis freqüentemente invocaram contra seus inimigos e que a Alemanha contemporânea também usa para intimidar os homeschoolers. Em breve, as autoridades da Alemanha estarão prontas a usar a mesma acusação contra pessoas que questionam a teoria da evolução de Darwin.
De fato, na próxima Terça, o Conselho da Europa (CoE), a principal corporação de direitos humanos da Europa, votará uma proposta que defende o combate contra o criacionismo, “jovem terra” e “design inteligente” em seus 47 estados membros.
De acordo com um relatório da Assembléia Parlamentar, criacionistas são perigosos “fundamentalistas religiosos” que propagam “formas de extremismo religioso” e “poderia se tornar uma ameaça aos direitos humanos”. O relatório acrescenta que a aceitação da ciência do evolucionismo “é crucial ao futuro de nossas sociedades e nossas democracias”.
“O criacionismo, nasceu da negação da evolução das espécies através da seleção natural, foi por um longo tempo um fenômeno quase exclusivamente americano”, o relatório afirma.
“Hoje, teorias criacionistas são tendentes a encontrar seu caminho no interior da Europa e sua difusão está afetando um bom número de estados membros do Conselho da Europa. […] [I]sso tende a encorajar o desenvolvimento de todas as formas de fundamentalismo e extremismo, sinônimos de ataques de mais extrema virulência aos direitos humanos. A rejeição total da ciência é definitivamente uma das mais sérias ameaças aos direitos humanos e civis. […] A guerra à teoria da evolução e aos seus proponentes mais freqüentemente desemboca em formas de extremismo religioso que são intimamente aliados aos movimentos políticos de extrema-direita. Os movimentos criacionistas possuem poder político real. O fato que importa, e isso foi exposto em várias ocasiões, é que os defensores do criacionismo estrito estão longe de substituir a democracia pela teocracia. [...] Se nós não formos cuidadosos, os valores que são a completa essência do Conselho da Europa estarão sob direta ameaça de fundamentalistas criacionistas”.
De acordo com o relatório do CoE, América e Austrália já estão em seu caminho rumo a se tornarem teocracias antidemocráticas onde os direitos humanos e civis estão em risco. O criacionismo é “bem desenvolvido nos países de língua inglesa, especialmente os Estados Unidos e Austrália”, afirma o relatório.
“Enquanto a maioria do currículo na Europa de hoje francamente ensina a evolução como uma reconhecida teoria científica, o mesmo não se aplica aos Estados Unidos. Em julho de 2005, o Centro de Pesquisa Pew conduziu uma pesquisa que mostrou que 64% dos americanos favoreciam o ensino do design inteligente ao lado da teoria da evolução e que 38% apoiariam o total abandono do ensino da evolução em escolas públicas. O Presidente Americano George W. Bush apóia o princípio do ensino tanto do design inteligente quanto da teoria da evolução. No momento, 20 dos 50 estados americanos estão encarando ajustes potenciais de seu currículo escolar em favor do design inteligente. Muitas pessoas pensam que esse fenômeno somente afeta os Estados Unidos e que, mesmo se não seja possível ficar indiferente ao que está acontecendo do outro lado do Atlântico, não é papel do Conselho da Europa ocupar-se com esse assunto. Esse, porém, não é o caso. Pelo contrário, seria crucial para nós tomarmos precauções apropriadas em nossos 47 estados membros”.
Embora se possa discordar de pessoas que tomam o Livro do Gênesis ao pé da letra (acreditando que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo), certamente organizações políticas secularistas contando ao povo o que podem ou não acreditar, constitui uma ameaça muito maior aos direitos humanos do que instituições religiosas dizendo aos seus fiéis como votarem. Na votação, ambas pessoas são livres a fazer o que quiserem, enquanto na Europa contemporânea as pessoas não mais são livres para expressar-se publicamente suas opiniões profundamente experimentadas.
Na Alemanha, acreditar que o aborto seja tão homicida quanto o holocausto é um crime, e educar seus próprios filhos é um crime também. Na França, dizer que o “comportamento homossexual põe em risco a sobrevivência da humanidade” é um crime, e assim também a distribuição de sopa de porco ao pobre. Na Bélgica, expressar-se contra a imigração é um crime.
Na mais recente publicação da revista conservadora holandesa Bitter Lemon, o escritor Erik van Goor escreve que as cortes européias estão silenciando cidadãos conservadores e ortodoxos. A liberdade de expressão não mais existe, diz van Goor.
“Enquanto muitos no Ocidente ainda idolatram os combatentes intermediários pela liberdade de expressão, tais como [Ayaan] Hirsi Ali e Theo van Gogh, as verdadeiras vítimas da restrição são deliberadamente mantidas sob mantas. Hirsi Ali, [Pim] Fortuyn e Theo van Gogh não foram restringidos pelo estado ou pela corte, Johannes Lerle sim. O último expressou meras opiniões – expressões de uma opinião pública que alguém pode ou não apreciar ou acreditar. O último – Dr Lerle – mostra que o que está em jogo não são meramente opiniões, mas uma ordem moral que está sendo questionada; uma realidade de vida e morte que está em risco”.
Hirsi Ali, Fortuyn e van Gogh não defenderam a ordem moral cristã tradicional. Pessoas tais como Johannes Lerle e Christian Vanneste, o parlamentar francês que foi condenado por “homofobia”, sim. O último está sendo perseguido pelos regimes políticos da Europa Ocidental – um fenômeno que é completamente ignorado pela mídia convencional do Ocidente, que participa da perseguição.
Uma citação de Reuters, 25 de Junho de 2007:
"Na segunda-feira, a principal corporação de direitos humanos da Europa cancelou uma votação marcada para banir o criacionismo e visões de design inteligente das classes de ciência das escolas, dizendo que a resolução proposta era unilateral. […] Guy Lengagne, o socialista francês membro da Assembléia que preparou o relatório, protestou depois que a Assembléia Parlamentar votou para cancelar o debate e a votação, e [aprovou uma proposta do Democrata Cristão Flamengo Luc Van den Brande] para enviar o relatório de volta ao comitê para maior estudo. […] Deputados disseram que a moção pelo grupo de parlamentares Democratas Cristãos também ganhou apoio de deputados do Leste Europeu, que lembraram que a evolução Darwiniana era uma teoria favorita de seus ex-governantes comunistas."
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