por Robert Bonomo
Vamos fazer uma experiência e imaginar que os
Árabes tivessem levado a melhor sobre os israelenses na Guerra Árabe-Israelense
em 1948, e depois de anos de conflito, todos que fossem deixados de Israel fossem
para a Faixa de Gaza.
Assuma por um momento que em lugar dos
Palestinos, mais de 1,8 milhões de Judeus fossem comprimidos nas 11 milhas da
Faixa de Gaza e o Estado da Palestina, subsidiado e apoiado por uma
super-potência, seja administrando as calorias para os Judeus em Gaza, mantendo-os
num limite de 2.300 por dia.
Imagine que em lugar das crianças palestinas,
estivessem as crianças Judias vivendo sob um embargo palestino que lhes negasse
brinquedos, livros, música e até pouco tempo atrás, pasta de dente. Como você pensa que o mundo reagiria? Imagine se fossem os comandos Palestinos que
assaltassem um navio de carga pacífico tentando romper o embargo para trazer
suprimentos aos Judeus em Gaza, matando nove, incluindo um Americano. Você pensa que os 85 Senadores Americanos
teriam assinado uma carta apoiando o embargo em Gaza e ataque mortal no navio
de carga, se aquele navio fosse para uma missão humanitária para ajudar Judeus
em Gaza?
O correspondente da NBC, Ayman Mohyeldin,
reportou em primeira mão a morte de quatro garotos jogando futebol na praia em Gaza. "O
ataque – e seu resultado desolador – foi testemunhado pela NBC News. Momentos mais cedo, os garotos estavam jogando
futebol com jornalistas na praia. As
quatro vítimas chamavam-se Ahed Atef Bakr e Zakaria Ahed Bakr, ambos de 10 anos
de idade, Mohamed Ramez Bakr, de 11 e Ismael Mohamed Bakr, de 9." Ayman Mohyeldin, que é meio egípcio e
americano, foi posteriormente ordenado pela NBC a deixar Gaza.
Glenn Greenwald reportou que: "numerosos empregados da NBC, incluindo
algumas grandes estrelas da rede de TV, ficaram... indignados" e que Mohyeldin
foi removido de Gaza supostamente por causa da pressão de neo-cons que alegavam
que Mohyeldin foi gentil com o Hamas.
É quase impossível imaginar que Mohyeldin tivesse
sido substituído se ele estivesse reportando a morte de quatro jovens Judeus
nas mãos de uma canhoneira Palestina. O
que nós vemos repetidamente em Gaza é como a mídia avalia de forma diferente as
vidas palestinas das judaicas.
Um dia depois do ataque, Samantha Power,
embaixadora americana nas Nações Unidas, começou seus comentários dessa forma:
"Os
Estados Unidos estão profundamente preocupados com os ataques de foguetes do Hamas
e a perigosa escalada das hostilidades na região. Em particular, estamos preocupados com o
impacto devastador dessa crise tanto para civis israelenses quanto palestinos."
É inimaginável que se um foguete do Hamas tivesse
estourado em um parque e matasse quatro crianças israelenses que a Srª Power teria
começado suas observações dessa forma:
"Os
Estados Unidos estão profundamente preocupados com os ataques de foguetes do
Hamas e a perigosa escalada das hostilidades na região..."
Por que é inconcebível? Porque a Srª Power e o governo que ela
representa apóiam o apartheid israelense e simplesmente não avaliam as vidas
das crianças palestinas da mesma maneira que avaliam as vidas das crianças
israelenses.
Como reportado pelo MSN, a repórter da CNN
Diana Magnay foi removida de Gaza porque:
"Magnay estava reportando ao vivo ao
mesmo tempo em que um grupo observava o bombardeio israelense de Gaza ao seu
lado. Depois que a reportagem acabou,
ela escreveu em seu Twitter: 'Israelenses
na colina acima de Sderot regozijam-se com as bombas em #gaza; ameaçam 'destruir
nosso caro se eu disser uma palavra errada.' Escória.' A CNN disse em um esclarecimento de
Sexta-Feira que Magnay estava se referindo especificamente àqueles que a
ameaçavam. A CNN disse que a rede e Magnay
desculpavam-se se alguém foi ofendido. A
rede de TV disse que Magnay transferida para Moscou."
Se o povo na colina acima dela fosse composto
por Árabes saudando a artilharia palestina causando danos aos Judeus, teria a
Srª Magnay sido transferida para Moscou por chamar aqueles que a ameaçavam de
‘escória’? Eu penso que não.
ANTI-SEMITISMO?
Obviamente, na Europa, a cobertura é de certa
forma mais equilibrada, mas Roger Cohen do NY Times vamos ver saber o que se
oculta nisso. Ele começa citando o poeta
James Lasdun, "Há algo assustadoramente
adaptável como o anti-semitismo: a forma como ele se oculta, insuspeito, nas
mentes mais progressistas."
Então Cohen prossegue: "...a guerra também sugeriu como o virulento
sentimento anti-Israel agora evidente entre a esquerda bien-pensant européia
criou um clima que torna o ódio violento a Judeus novamente permissível."
O que o Sr. Cohen está dizendo é que se
alguém aplica a plena medida de revolta moral rumo ao massacre israelense de
crianças, como os Europeus estão fazendo e os Americanos se recusam a fazer,
então você está brincando com anti-semitismo da variedade nacional-socialista.
Um bom exemplo da lógica em operação de Cohen
era quando Jimmy Carter usava a palavra 'apartheid' para descrever a situação
em Gaza e era rotulado como "perigoso e anti-semita" por simplesmente
declarar o óbvio.
Enquanto havia alguma limitada crítica dos
Estados Unidos a respeito da invasão israelense, ninguém deveria duvidar quem
era os responsáveis no relacionamento EUA/Israel. Durante o último conflito em Gaza, em 2009,
Condolezza Rice estava indo votar por uma resolução da ONU exigindo um cessar
fogo mas o Primeiro-Ministro Israelense Ehud Olmert não teria nada a ver com
isso. Ele explicou o que se sucedia num
discurso:
"Quando
nós vimos que o secretário de estado, por razões que nós realmente
desconhecemos, queria votar a favor da resolução da ONU ... Eu olhei para o Presidente
Bush e eles me contaram que ele estava em Filadélfia fazendo um discurso. Eu disse, ‘Eu não me importo. Eu tenho que falar com ele agora'. Eles pegaram-no fora do palanque, trouxeram-no
para uma outra sala e eu falei com ele.
Eu lhe disse, 'Você não pode votar em favor dessa resolução.'
Ele
disse, 'Escute, eu desconheço isso, eu não vi isso, isso não me é familiar.' Ele
deu uma ordem ao secretário de estado e ela não votou a favor dela – uma
resolução que ela inventou, redigiu, organizou e manobrou. Ela ficou muito envergonhada e se absteve em
uma resolução que ela organizou."
Quem decide quando uma criança merece livros, brinquedos e pasta de dente ou é melhor ser servida por uma barragem de artilharia? Sr. Netanyahu e seus cúmplices do governo e mídia americanas, não têm qualquer dúvida a respeito de quem merece.
Quem decide quando uma criança merece livros, brinquedos e pasta de dente ou é melhor ser servida por uma barragem de artilharia? Sr. Netanyahu e seus cúmplices do governo e mídia americanas, não têm qualquer dúvida a respeito de quem merece.
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