“Filho de boa família, nascido em Buenos Aires em 1928, Ernesto Guevara já bastante jovem começa a percorrer o subcontinente americano.” (p. 773)
...
“Pertenço pela minha formação ideológica, àqueles que acreditam que a solução dos problemas desse mundo se encontra por detrás da chamada cortina de ferro”, escreve ele a um amigo em 1957 (Carta a René Ramos Latour, citada por Jeannine Verdès-Leroux, op. cit). Uma noite de 1955, no México, Guevara encontra-se com um jovem advogado cubano exilado que prepara o seu regresso a Cuba: Fidel Castro. Ele decide então seguir esses cubanos que desembarcarão na ilha em dezembro de 1956. Nomeado comandante de uma “coluna”, ele rapidamente se destaca pela sua dureza. Um rapaz, guerrilheiro da sua coluna, que roubou um pouco de comida, é imediatamente fuzilado, sem qualquer processo.” (p. 774)
...
“Em todo o caso, a prisão de Cabana, onde ele exerce, é palco de numerosas execuções, principalmente de antigos camaradas de armas que permaneceram democratas.” (Idem)
...
“Desprezando o dinheiro, embora tenha vivido nos bairros seletos de Havana, ministro da Economia, mas desconhecedor das mais elementares noções de economia, acabou por arruinar o Banco Central. Encontra-se mais à vontade para instituir os “domingos de trabalho voluntários”, fruto da sua admiração pela URSS e pela China – saudará a Revolução Cultural. Régis Debray (op. cit, p. 185) faz notar: “Foi ele, e não Fidel, que inventou, em 1960, na península de Guanaha, o primeiro ‘campo de trabalho corretivo’ (nós diríamos de trabalhos forçados)...”
...
“Guevara teve a oportunidade de liquidar um dos seus antigos e jovens chefes da guerrilha antibatistiana, Jesús Carreras, que se opusera à sua política em 1958. Ferido no decorrer de uma emboscada, Carreras foi conduzido para o pelotão de fuzilamento, tendo Guevara recusado conceder-lhe o perdão. Em Santa Clara, foram julgados 381 “bandidos” capturados. Na prisão de La Loma de los Coches, nos anos que se seguem ao triunfo de 1959 e durante a liquidação dos grupos de Escambray, mais de mil “contra-revolucionários” foram fuzilados” (p. 776)
...
“Desejoso de exportar a revolução na sua versão cubana, cego por um antiamericanismo primário, ele se aplica na propagação da guerrilha através do mundo, de acordo com o seu slogan: “Criar dois, três... inúmeros Vietnãs!” (maio de 1967). Em 1963, ele está na Argélia, depois em Dar-es-Salam, antes de chegar ao Congo, onde se cruza com um certo Désiré Kabila, um marxista hoje tornado senhor do Zaire e a quem não repugnam as chacinas de populações civis.” (p. 774-775)
...
“Isolado e encurralado, Guevara é capturado e executado em 8 de outubro de 1967.” (p. 775)
Fonte: O Livro Negro do Comunismo
No comments:
Post a Comment
Seja responsável em seus comentários. Caso se verifiquem comentários descontextualizados e criminosos, estes poderão ser apagados.
Ofensas ao catolicismo serão sumariamente apagadas.