Saturday, August 23, 2014

Holandês devolve condecoração do Holocausto depois de familiares morrerem em Gaza

Seis palestinianos da família alargada de Zanoli morreram no final de julho depois de um ataque de Israel. O holandês escondeu e protegeu um rapaz judeu durante a II Guerra Mundial.
Henk Zanoli, 91 anos, dirigiu-se à embaixada israelita em Haia na quinta-feira para devolver a medalha que em 2011 lhe foi entregue pelas autoridades de Israel, declarando que o nome de Zanoli ficaria inscrito na lista dos “Justos entre as Nações”, reservada aos gentios que salvaram judeus durante o Holocausto. Fê-lo depois de seis familiares terem sido mortos em Gaza.

Em 1943, Henk Zanoli levou Elchanan Pinto, um rapaz judeu de 11 anos, de Amesterdão para a vila de Eemnes. Foi aí que a família Zanoli escondeu a criança durante dois anos, até ao fim da II Guerra Mundial, em 1945, quando se soube que todos os familiares de Elchanan tinham morrido nos campos de extermínio. Durante a ocupação da Holanda, os Zanoli estiveram debaixo de olho dos Nazis por se oporem à presença alemã . Dois anos antes, o pai de Henk tinha sido enviado para o campo de concentração de Dachau, acabando por morrer no campo de Mauthausen, em fevereiro de 1945. Henk Zanoli tinha também um cunhado que foi executado por pertencer à resistência holandesa e um irmão cuja noiva judia foi assassinada pelos nazis.

Mais de 70 anos depois, um ataque aéreo israelita atingiu uma casa na Faixa de Gaza que pertencia à família alargada de Zanoli. A sobrinha-neta deste é casada com um economista palestiniano, Ismail Ziadah. No dia 20 de julho, Ziadah perdeu três irmãos, uma cunhada, um sobrinho e a primeira mulher do pai.

“A minha mãe e a minha família arriscaram as vidas a lutar contra a ocupação alemã”, escreve Hanoli na carta que endereçou ao embaixador israelita na Holanda, descrevendo a história de resistência durante o conflito e informando-o da devolução da medalha. “Dada esta história, é particularmente chocante e trágico que hoje, quatro gerações depois, a nossa família tenha de enfrentar o homicídio da nossa descendência em Gaza. Homicídio esse conduzido pelo Estado de Israel”, continuou.

A história foi revelada pelo jornal israelita Haaretz e depois disso, o New York Times entrevistou Henk Zanoli, que admitiu ter-se tornado progressivamente mais crítico do Estado de Israel. Ao jornal norte-americano, Zanoli disse que o seu sentimento para com a política israelita não é anti-semita, mas está de acordo com os mesmos princípios humanitários que o levaram a condenar o Holocausto e a apoiar a criação do estado judaico em 1948. Apesar do seu descontentamento, Zanoli disse que nunca tinha criticado publicamente Israel até ouvir as notícias da morte de familiares em Gaza. “Devolvi a minha medalha por não concordar com o que Israel está a fazer à minha família e aos palestinianos em geral”, disse Zanoli ao New York Times, acrescentando que a decisão constituiu uma tomada de posição “contra o Estado de Israel, mas não contra o povo israelita”.

A devolução da medalha não tem de ser definitiva. Zanoli disse ao New York Times que aceitaria a condecoração de volta se a situação mudasse em Israel. “A única forma de o povo judeu de Israel sair da situação em que se colocou é garantir a todos os que ali vivem os mesmos direitos e oportunidades a nível político, social e económico”. Se isso acontecer, diz, “entrem em contacto comigo ou com os meus descendentes”.

Fonte: http://observador.pt/2014/08/16/holandes-devolve-condecoracao-holocausto-depois-de-familiares-morrerem-em-gaza/

Friday, August 15, 2014

Uma visita ao túmulo do assassino em massa Baruch Goldstein

Jeff Klein


Em uma encosta no assentamento de Kiryat Arba, com uma vista panorâmica da grande cidade palestina da Cisjordânia de al-Khalil — conhecida aos Judeus israelenses e muitos estrangeiros pelo seu nome bíblico de “Hebron” – é o mausoléu de Dr. Baruch Goldstein.

No feriado Judaico do Purim de 25 de Fevereiro de 1994, Goldstein, então um oficial da reserva do exército israelense, entrou na Mesquita de Ibrahim (o local tradicional onde foi enterrado o Patriarca Abraão) com uniforme e com sua metralhadora fabricada para o exército, abrindo fogo sobre os fiéis muçulmanos.  Vinte e nove pessoas morreram e 125 ficaram feridas antes que os sobreviventes conseguissem desarmar Goldstein e matá-lo no lugar.


Para muitos judeus israelenses extremistas de direita e, especialmente o movimento dos colonizadores, Goldstein foi um mártir para a causa do sionismo religioso.  Seu túmulo em uma praça cerimonial com vista panorâmica para a cidade palestina se tornou um lugar de peregrinação e celebração – para o grande embaraço do governo israelense e muitos de seus apoiadores nos EUA.

Ordenaram que a praça cerimonial ao redor do túmulo fosse desmantelada, mas o parque e a passagem monumental levando ao seu túmulo permanecem no lugar.  O parque é dedicado a Meir Kahane, o rabino nascido nos EUA que foi um fundador da violenta Liga de Defesa Judaica e, posteriormente, o líder do partido fascista Kach — que era tão abertamente racista que foi finalmente banido de Israel.  Kahane foi assassinado em Nova Iorque em 1990, mas hoje pode-se ainda encontrar etiquetas e pichações por Israel com o “Kahane Lives” (“Kahane Vive”) ou, em inglês, “Kahane Was Right!” (“Kahane Estava Certo!”)


Lê-se na inscrição em Hebraico no mausoléu de Goldstein em parte:

O respeitável Dr. Baruch Kapel Goldstein… Filho de Israel.  Ele deu sua alma para a causa do povo de Israel, a Torah e a Terra.  Suas mãos são limpas e seu coração bom… Ele foi assassinado pela Santidade de Deus


As pedras no túmulo são costumeiramente deixadas pelos visitantes para expressar sua lamentação.

Durante a observância anual do feriado do Purim, colonos reúnem-se no túmulo de Goldstein para celebrar seu feito e cantar canções em louvor do homem que eles consideram como um nobre mártir.  Uma das canções inclui o verso: “Dr. Goldstein, não há ninguém como você no mundo.  Dr. Goldstein, nós todos o amamos… ele mirou nas cabeças dos terroristas, foi duro no gatilho e disparou balas, e disparou, e disparou.”

A seguir, os colonos marcham para rezar na Mesquita/Sinagoga de Abraão, acompanhados por um massiva demonstração de força pelas tropas do exército de Israel.


  
O massacre de Hebron de 1994 lançou uma feroz explosão de violência em Israel e os territórios ocupados, que incluíram as primeiras explosões suicidas realizadas pelo Hamas no interior das fronteiras de 1948.

Mas, nesse caso, o terrorismo (Judeu) funcionou.  O antigo local de enterro dos Patriarcas, que foi convertido numa mesquita por milhares de anos, foi facilmente dividido hoje em uma parte muçulmana e outra judaica, tornado acessível a fiéis Judeus e turistas estrangeiros.

Ironicamente, é impossível para alguém visitar ambas as partes do santuário em uma única ocasião, na medida em que o povo que se aproximar diante da pesada segurança do santuário deve declarar sua afiliação religiosa e ser permitido entrar em uma ou outra parte a depender de sua resposta.  Muçulmanos não são permitidos entrar na parte Judaica e Judeus não são permitidos entrar na parte Muçulmana.  Turistas não-Judeus podem escolher uma ou outra, não ambas.  (Eu disso em razão de visita anterior com meu filho no lado da Mesquita).


No dia que eu ali estive, um grande grupo de turistas suecos, homens divertindo-se com incongruência com pequenos quipás brancos Judaicos (“yarmilkas”) dados na entrada.  A lei religiosa Judaica não requer que não-Judeus tenham suas cabeças cobertas.


Por seu turno, estudantes Judeus de Ieshivás estavam salmodiando fervorosa e sonoramente pouco atrás deles.


Thursday, August 14, 2014

Colonos Judeus atropelam palestinos de propósito

Fontes médicas palestinas reportaram que uma criança foi seriamente feriada depois de ser atropelada por um veículo de um colono israelense, na Antiga Cidade de Hebron, na parte sul da Cisjordânia.

As fontes disseram que Rosy Talab Jaber, 8 anos de idade, sofreu um sério ferimento, e foi transferido para o Hospital Governamental de Hebron.

A Agência de Notícias Raya disse que a criança foi atacada deliberadamente enquanto andava próxima à rua principal da Antiga Cidade de Hebron.

Houve dúzias de incidentes similares em Hebron, e em diferentes partes da Cisjordânia ocupada, alguns levando a fatalidades entre os palestinos, incluindo crianças, e contagens de incidentes similares causando ferimentos muito sérios.

Fonte: http://www.imemc.org/article/68781

Tuesday, August 12, 2014

E se as crianças mortas em Gaza fossem Judias?


por Robert Bonomo

Vamos fazer uma experiência e imaginar que os Árabes tivessem levado a melhor sobre os israelenses na Guerra Árabe-Israelense em 1948, e depois de anos de conflito, todos que fossem deixados de Israel fossem para a Faixa de Gaza.

Assuma por um momento que em lugar dos Palestinos, mais de 1,8 milhões de Judeus fossem comprimidos nas 11 milhas da Faixa de Gaza e o Estado da Palestina, subsidiado e apoiado por uma super-potência, seja administrando as calorias para os Judeus em Gaza, mantendo-os num limite de 2.300 por dia.

Imagine que em lugar das crianças palestinas, estivessem as crianças Judias vivendo sob um embargo palestino que lhes negasse brinquedos, livros, música e até pouco tempo atrás, pasta de dente.  Como você pensa que o mundo reagiria?  Imagine se fossem os comandos Palestinos que assaltassem um navio de carga pacífico tentando romper o embargo para trazer suprimentos aos Judeus em Gaza, matando nove, incluindo um Americano.  Você pensa que os 85 Senadores Americanos teriam assinado uma carta apoiando o embargo em Gaza e ataque mortal no navio de carga, se aquele navio fosse para uma missão humanitária para ajudar Judeus em Gaza?
O correspondente da NBC, Ayman Mohyeldin, reportou em primeira mão a morte de quatro garotos jogando futebol na praia em Gaza.  "O ataque – e seu resultado desolador – foi testemunhado pela NBC News.  Momentos mais cedo, os garotos estavam jogando futebol com jornalistas na praia.  As quatro vítimas chamavam-se Ahed Atef Bakr e Zakaria Ahed Bakr, ambos de 10 anos de idade, Mohamed Ramez Bakr, de 11 e Ismael Mohamed Bakr, de 9."  Ayman Mohyeldin, que é meio egípcio e americano, foi posteriormente ordenado pela NBC a deixar Gaza.

Glenn Greenwald reportou que: "numerosos empregados da NBC, incluindo algumas grandes estrelas da rede de TV, ficaram... indignados" e que Mohyeldin foi removido de Gaza supostamente por causa da pressão de neo-cons que alegavam que Mohyeldin foi gentil com o Hamas.

É quase impossível imaginar que Mohyeldin tivesse sido substituído se ele estivesse reportando a morte de quatro jovens Judeus nas mãos de uma canhoneira Palestina.  O que nós vemos repetidamente em Gaza é como a mídia avalia de forma diferente as vidas palestinas das judaicas.

Um dia depois do ataque, Samantha Power, embaixadora americana nas Nações Unidas, começou seus comentários dessa forma:

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com os ataques de foguetes do Hamas e a perigosa escalada das hostilidades na região.  Em particular, estamos preocupados com o impacto devastador dessa crise tanto para civis israelenses quanto palestinos."

É inimaginável que se um foguete do Hamas tivesse estourado em um parque e matasse quatro crianças israelenses que a Srª Power teria começado suas observações dessa forma:

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com os ataques de foguetes do Hamas e a perigosa escalada das hostilidades na região..."

Por que é inconcebível?  Porque a Srª Power e o governo que ela representa apóiam o apartheid israelense e simplesmente não avaliam as vidas das crianças palestinas da mesma maneira que avaliam as vidas das crianças israelenses.

Como reportado pelo MSN, a repórter da CNN Diana Magnay foi removida de Gaza porque:

"Magnay estava reportando ao vivo ao mesmo tempo em que um grupo observava o bombardeio israelense de Gaza ao seu lado.  Depois que a reportagem acabou, ela escreveu em seu Twitter: 'Israelenses na colina acima de Sderot regozijam-se com as bombas em #gaza; ameaçam 'destruir nosso caro se eu disser uma palavra errada.' Escória.'  A CNN disse em um esclarecimento de Sexta-Feira que Magnay estava se referindo especificamente àqueles que a ameaçavam.  A CNN disse que a rede e Magnay desculpavam-se se alguém foi ofendido.  A rede de TV disse que Magnay transferida para Moscou."

Se o povo na colina acima dela fosse composto por Árabes saudando a artilharia palestina causando danos aos Judeus, teria a Srª Magnay sido transferida para Moscou por chamar aqueles que a ameaçavam de ‘escória’? Eu penso que não.

ANTI-SEMITISMO?

Obviamente, na Europa, a cobertura é de certa forma mais equilibrada, mas Roger Cohen do NY Times vamos ver saber o que se oculta nisso.  Ele começa citando o poeta James Lasdun, "Há algo assustadoramente adaptável como o anti-semitismo: a forma como ele se oculta, insuspeito, nas mentes mais progressistas."

Então Cohen prossegue: "...a guerra também sugeriu como o virulento sentimento anti-Israel agora evidente entre a esquerda bien-pensant européia criou um clima que torna o ódio violento a Judeus novamente permissível."

O que o Sr. Cohen está dizendo é que se alguém aplica a plena medida de revolta moral rumo ao massacre israelense de crianças, como os Europeus estão fazendo e os Americanos se recusam a fazer, então você está brincando com anti-semitismo da variedade nacional-socialista.

Um bom exemplo da lógica em operação de Cohen era quando Jimmy Carter usava a palavra 'apartheid' para descrever a situação em Gaza e era rotulado como "perigoso e anti-semita" por simplesmente declarar o óbvio.

Enquanto havia alguma limitada crítica dos Estados Unidos a respeito da invasão israelense, ninguém deveria duvidar quem era os responsáveis no relacionamento EUA/Israel.  Durante o último conflito em Gaza, em 2009, Condolezza Rice estava indo votar por uma resolução da ONU exigindo um cessar fogo mas o Primeiro-Ministro Israelense Ehud Olmert não teria nada a ver com isso.  Ele explicou o que se sucedia num discurso:

"Quando nós vimos que o secretário de estado, por razões que nós realmente desconhecemos, queria votar a favor da resolução da ONU ... Eu olhei para o Presidente Bush e eles me contaram que ele estava em Filadélfia fazendo um discurso.  Eu disse, ‘Eu não me importo.  Eu tenho que falar com ele agora'.  Eles pegaram-no fora do palanque, trouxeram-no para uma outra sala e eu falei com ele.  Eu lhe disse, 'Você não pode votar em favor dessa resolução.'

Ele disse, 'Escute, eu desconheço isso, eu não vi isso, isso não me é familiar.' Ele deu uma ordem ao secretário de estado e ela não votou a favor dela – uma resolução que ela inventou, redigiu, organizou e manobrou.  Ela ficou muito envergonhada e se absteve em uma resolução que ela organizou."

Quem decide quando uma criança merece livros, brinquedos e pasta de dente ou é melhor ser servida por uma barragem de artilharia?  Sr. Netanyahu e seus cúmplices do governo e mídia americanas, não têm qualquer dúvida a respeito de quem merece.

Monday, August 11, 2014

Israel criou o Hamas para evitar a paz

por David Livingstone

(resumido por henrymakow.com)

Os israelenses criaram o Hamas.  Mas antes de nós explorarmos o porquê, vamos esclarecer que Israel não quer paz.  Eles querem tudo da Palestina, e suas práticas colonialistas beligerantes confirmam isso.

Mas os israelenses estão se colocando como se fossem desejosos a falar de "paz", somente para realmente procrastinar o processo de paz, de forma a avançar a sucessiva colonização da Palestina.

Assim, qualquer coisa que possa ser oferecida como desculpa, assim será.  A tática mais conveniente, apresentada com a assistência servil da mídia, é aquela do "terrorismo".

As massas são crédulas, e falham em suspeitar dos extremos maquiavélicos que certos líderes se utilizarão.  Isso inclui criar um falso inimigo, nesse caso, o Hamas, de acordo com o qual a liderança de direita dos israelenses pode apontar o dedo a algum "inimigo" culpando-o por supostamente procrastinar o processo.

BACKGROUND HISTÓRICO

O patrocínio do Ocidente ao terrorismo islâmico não é nada novo.  Depois do colapso do Império Otomano em 1924, os ingleses e americanos preencheram o vácuo fornecendo suas próprias versões de líderes “islâmicos”.  Isso começou com a criação da Irmandade Muçulmana através de uma concessão da Inglaterra.

Sob o patrocínio britânico, a Irmandade hoje representa uma força poderosa no mundo islâmico, e está por trás de quase todo ato de terror em nome do Islã.

Mais corretamente, a Irmandade foi um recurso compartilhado por numerosas agências ocidentais de inteligência, começando com os nazistas, seguindo-se pela CIA, mas também os russos, franceses, alemães e israelenses.

Desde as administrações Truman e Eisenhower, a Irmandade Muçulmana foi usada para reunir crédulos muçulmanos sob a bandeira do Islã.  Na era pós-guerra, os Americanos e outros foram capazes de manobrar a Irmandade como um cão raivoso em uma rédea para manter a "ameaça comunista-ateísta" na baía.

Com o colapso da Guerra Fria, porém, a Irmandade foi usada como o bicho-papão que os Americanos podem caçar no Oriente Médio e Ásia Central, a começar com o Iraque e Afeganistão.

ISRAEL E HAMAS

O relacionamento de longo prazo de Israel com a Irmandade Muçulmana foi instrumental na fundação de uma ramificação desta organização, o Hamas.

De acordo com Robert Dreyfuss, autor de "Devil's Game: How the United States Helped Unleash Fundamentalist Islam":

"E no início de 1967 até o final da década de 80, Israel ajudou a Irmandade Muçulmana a estabelecer-se nos territórios ocupados.  Socorreu Ahmed Yassin, o líder da Irmandade, na criação do Hamas, apostando que seu caráter islâmico enfraqueceria a OLP (‘Organização para Libertação da Palestina’)."

De acordo com Charles Freeman, ex-embaixador dos EUA na Arábia Saudita, "Israel projetou o Hamas.  Foi um projeto do Shin Bet [agência doméstica de inteligência Israelense], que tinha um sentimento que eles pudessem usá-lo para confinar a OLP."

Um aspecto daquela estratégia foi a criação das Ligas dos Povoados, sobre as quais Yassin e a Irmandade exercitaram muita influência.  Israel treinou cerca de 200 membros das Ligas e comprou muitos delatores.

O Repórter do New York Times David Shipler cita o chefe das forças armadas israelenses de Gaza por gabar-se que Israel financiou expressivamente os fundamentalistas contra a OLP:

"Falando politicamente, os fundamentalistas islâmicos às vezes eram considerados como úteis para Israel, porque tinham conflitos com os apoiadores seculares da OLP.  A violência entre os dois grupos irrompeu algumas vezes nos campus da universidade da Cisjordânia.  O chefe militar israelense da Faixa da Gaza, Brigadeiro-Geral Yitzhak Segev, contou-me certa vez como financiou o movimento islâmico como um contrapeso para a OLP e os comunistas.  'o governo israelense deu-me um orçamento e a chefia militar dá para as mesquitas,' disse ele."

Como Dreyfuss registra, "durante os anos 80, a Irmandade Muçulmana em Gaza e na Cisjordânia não deram apoio à ocupação israelense.  A maior parte de sua energia veio a lutar contra a OLP, especialmente suas facções mais esquerdistas, em campus universitários."

Depois do levante Palestino de 1987, a OLP acusou o Hamas e Yassin de agir "com o apoio direto de regimes árabes reacionários... em conluio com a ocupação israelense."

Yasser Arafat queixou-se a um jornal italiano: "O Hamas é uma criação de Israel, que no tempo do Primeiro Ministro Shamir, deu-lhes dinheiro e mais de 700 instituições, entre elas escolas, universidades e mesquitas."

Arafat também sustentou que o primeiro-ministro israelense Rabin admitiu a ele na presença de Hosni Mubarak que Israel apoiou o Hamas.

Grosso modo, como o analista Ray Hannania apontou, em "Sharon's Terror Child": "minar o processo de paz sempre foi o alvo real do Hamas e representava as ambições políticas do Likud.  Toda vez que os negociadores israelenses e palestinos apareceram prontos a dar um maior passo rumo à paz, um ato de terrorismo do Hamas escapava ao processo de paz impulsionava a separação dos dois lados."

Em "Hamas and the Transformation of Political Islam in Palestine", pela Current History, Sara Roy escreveu:

"Alguns analistas sustentam que enquanto os líderes do Hamas leaders estão sendo mirados, Israel está simultaneamente perseguindo sua velha estratégia de promover o Hamas sobre as facções nacionalistas seculares como um caminho de garantir a morte da [Autoridade Palestina], e como um esforço para extinguir o nacionalismo palestino de uma vez por todas."

CONCLUSÃO

A Irmandade Muçulmana e suas muito manifestações como Hamas, Al Qaeda e Bin Laden, servem como uma sempre presente e fabricada ameaça "terrorista", usada constantemente como um pretexto para justificar medidas repressivas internamente e objetivos imperialistas no exterior.

Porque, apesar de todo retórica a respeito da ameaça do “Islã político”, sem conhecimento ao público geral, a manipulação da Irmandade Muçulmana por todo o mundo ainda é o sustentáculo da política externa Americana.

Judeus protestam contra o terrorismo na orla de Copacabana


Uma manifestação em apoio a Israel reuniu 2 mil pessoas no fim da manhã deste domingo (3), na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, segundo a Polícia Militar. O protesto foi convocado pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), que estima até 2,5 mil pessoas na passeata.

“Israel vive há muitos anos sob ameaça de terrorismo. Para se alcançar a paz duradoura, é necessário respeitar o direito do outro de existir. Quando a rede de terrorismo subterrâneo do Hamas conseguiu chegar à população de Israel, veio a resposta. Israel não foi matar crianças, foi destruir foguetes”, defendeu o presidente da Fierj, Jayme Salomão, segundo quem a manifestação foi também um ato de informação, para mostrar que Israel é um país democrático.

Os participantes levaram bandeiras de Israel e cartazes contra o antissemitismo. Entre os pedidos, estavam o fim do terrorismo e a retomada das negociações. “Tudo o que se quer atingir, se consegue com o diálogo, mas o terror não dialoga”, disse Jayme, e ressaltou não existir dúvidas de que “Israel quer a paz”.

Desde o dia 8 de julho, quando começaram os ataques israelenses na Faixa de Gaza, em resposta ao lançamento de foguetes do Hamas, mais de 1,6 mil palestinos morreram. Cerca de 300 mortos eram crianças e adolescentes, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Do lado israelense, o número de vítimas passa de 60. Israel se defende acusando o Hamas de esconder armamentos em escolas e hospitais para aumentar o número de vítimas civis, mas tem recebido críticas da comunidade internacional.

Em 23 de julho, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma comissão internacional para investigar possíveis violações cometidas durante a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Para se defender, o Exército israelense criou hoje uma equipe para reunir informações e provas sobre a ofensiva, para evitar eventuais acusações de crimes de guerra.

Jayme Salomão acusa a mídia internacional de concentrar as atenções no conflito entre Israel e o Hamas, e esquecer de outras violações aos direitos humanos no Oriente Médio, como na Síria e no Iraque. “A mídia só está olhando um lado”, enfatizou.

No sábado(2), o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva vai continuar por quanto tempo for necessário, e que toda a força exigida será usada.

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/manifestacao-pro-israel-leva-2-mil-pessoas-a-praia-de-copacabana/

Sunday, August 10, 2014

Deputada judia propõe extermínio de mães palestinas

Desde a Turquia, somente para numerar um dos países que criticou suas declarações, a titularam de 'Adolf Hitler'. A deputada Ayelet Shacked - suposta jovem destacada entre os políticos de ultra-direita do partido sionista "O Lar Judaico", que forma parte da coalizão do Governo - é partidária do extermínio palestino.

Em suas declarações no parlamento local -Knesset- em defesa da ofensiva israelense em Gaza que chega a cifra de quase 300 mortos, Shacked pediu para "matar todas as mães da Palestina para que não nasçam mais terroristas".

"Todos os palestinos são nossos inimigos e devem morrer, seu sangue deve estar em nossas mãos", reclamou com intenções irresponsáveis.

O partido ao qual responde, que tem 12 cadeiras das 120 do Knesset -ou seja, a quarta força- é de um nacionalismo exacerbado, que propõe a incorporação da lei judaica como a lei do Estado, além da ocupação de mais territórios em Gaza.

"O Lar Judaico" é parte da coalizão entre cinco membros que governam o país e inclusive partidos de direita, ultra-direita e centro.

Há ao menos três forças árabes-israelitas com representação parlamentar e pouco mais de uma dezena de parlamentares que propõem desde a repartição em dois estados, com as fronteiras prévias a 1967, o respeito da resolução 194 da ONU, de 1948, até o desmantelamento das colônias na Palestina.

Fonte: http://www.diarioregistrado.com/internacionales/97586-impresentable--una-diputada-israeli-propone-matar-a-las-madres-palestinas.html
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...