“Lemos na segunda edição (Londres, 1738) da Constituição de Anderson-Desaguliers que o maçom deve ‘observar como verdadeiro noaquita a lei moral’. Na revista do Grande Oriente d’Italia, ‘Hiram’ (Nov., 1992), na recensão do livro ‘Israele e l’umanitá’, se lê a frase do rabino cabalista Benamozegh: ‘É certo que a teologia maçônica corresponde bem à da Cabala’. O que significa?
Um grande especialista, o
rabino Benamozegh, explica ainda melhor: ‘O judaísmo
admite um duplo culto: [o culto leigo, noaquita, da humanidade e o culto de
Israel, sacerdotal] (...) O elo que no judaísmo, reunia os dois cultos... é a
organização do gênero humano em sacerdotes [os israelitas] e os leigos [os não
israelitas]... O cumprimento da lei noaquita [é]... o mínimo de religião e de
moral ao qual nenhuma sociedade no mundo pode renunciar, se não quer
extinguir-se irremediavelmente... [o noaquita] é um estrangeiro não submetido à
religião mosaica. Trata-se dos
‘prosélitos da porta’ [não completamente convertidos ao judaísmo] que são
concidadãos sem serem correligionários; diferenciam-se dos ‘prosélitos de
justiça’, que são convertidos completamente ao judaísmo. (...)
O noaquita (o prosélito da
porta) não era submetido à circuncisão... é somente o gentio que aceitou os
sete preceitos de Noé e não é contado como circuncidado, nem baptizado... ‘O
maçom a submeter à lei noaquita, não é pois mais que o fiel leigo do sacerdote
judeu, que é submisso à lei mosaica, ou melhor, talmúdica. [...] Quando Salomão
procedeu ao recenseamento de estrangeiros, ou noaquitas (os maçons de hoje),...
[estes] foram designados para trabalhar na edificação do Templo [...] Portanto, o maçom, o hodierno noaquita, de
livre escolha deve construir o templo de Israel, na submissão ao judeu, seu
sacerdote e mestre [...] Foi Hiram, que
ao pedido de Salomão, forneceu os materiais e os artesãos necessários para a
construção do Templo. (...) Hiram, que a
Escritura tem o cuidado de indicar como filho de mãe hebréia e de pai
originário de Tiro, como se na sua pessoa Israel e os Gentios se associassem
para a obra divina’. ‘Construir o templo
significa fundar a religião universal na qual o judeu é o sacerdote e o maçom
simples fiel’. ‘A unidade do gênero
humano para a qual judeus e maçons trabalham – comenta De Poncins – é a
unificação do mundo sob a lei judaica’.”
(Arai Daniele, Segredo de Fátima ou Perfídia em Roma?, Editora
Promissio, pp. 149-150)
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