Sunday, July 10, 2005

Holocausto chinês do aborto: 250 milhões de mortos em 22 anos

CNSNews.com

Thursday, Feb. 15, 2001

LONDON – Fotos chocantes de uma aparente vítima da "política de um só filho" da China – uma bebê garota recém-nascida deitada morta em uma sarjeta, ignorada por pedestres despertaram choque e náusea.

As fotos, publicadas no jornal britânico Wednesday, vieram em um período em que os funcionários do governo britânico estavam mantendo conversações na China sobre direitos humanos.

A administração dos EUA está também essa semana esperando decidir se apóia uma resolução anual dos EUA condenando o recorde da China em abusos de direitos humanos. Terça, os membros do Senado introduziram uma resolução encorajando o Presidente Bush a "tomar a liderança" em uma censura internacional de Beijing.

As fotos foram tiradas por um visitante horrorizado e contrabandeou-a da China depois que a polícia questionou-o por fotografar a criança morta e ter confiscado seus filmes.
A mulher disse que o corpo do bebê nu, deitado ao longo de uma estrada em uma cidadezinha na província Hunan, ainda estava quente – ela tinha sido claramente jogado fora e tinha morrido naquele momento.

Muitos pedestres em seu caminho ao trabalho ignoravam a criança, o Mirror citou-a dizendo, enquanto alguns paravam para olhar, e depois prosseguiam. Fotos mostravam a vida continuando normal, até um homem mais velho que finalmente pôs o corpo dentro de uma caixa e o levou embora.

A mulher disse que chamou a polícia, que levou mais de três horas para chegar. Quando eles chegaram, questionaram-na por uma hora, checaram seus documentos de identificação e tomaram todos seus filmes, exceto um que ela tentava esconder.

A população da China é esperada crescer de 1.26 bilhões no fim de 1999 a 1.6 bilhões em 2050.

Aborto Usado Contra Mulheres

Sob a "política de somente uma criança", introduzida em 1979 para ajudar a diminuir a velocidade galopante da taxa de crescimento populacional, os pais são rotineiramente esterilizados e encaram altas multas se tiverem mais de uma criança.

O governo declara ter prevenido bem sucedidamente 250 milhões de nascimentos desde que foi introduzida.

Mas tem sido também estimado que a política resultou haver 60 milhões de homens a mais na China do que mulheres. Muitos pais, cientes que eles só terão um filho para cuidarem deles em sua velhice, querem que a criança seja um filho, afirma os ativistas de direitos humanos.

Como resultado, os pais que se permitam ter sua criança escondida no útero abortam as garotas. Aqueles que dão a luz a essas garotas podem abandoná-las e deixá-las morrer.
Determinação de gênero durante os rastreamentos de ultrassom foram oficialmente banidos por anos, mas a prática continua. Um relatório de 1999 do site da International Planned Parenthood Federation declara que entre 500,000 e 750,000 meninas chinesas não nascidas são abortadas todo ano antes de serem rastreadas.

Em agosto passado, os jornais do Ocidente reportaram um caso em que oficiais de "planejamento familiar" mataram um bebê não autorizado em frente a seus pais.
A família Huang já tinha três crianças quando a mãe ficou grávida de novo, de acordo com a reportagem. Tendo fracassado em tentar induzir um aborto, os oficiais de "planejamento familiar" então ordenaram o pai a matar o bebê recém-nascido que ele tentou esconder. Finalmente, eles encontraram o bebê e afogaram-no em um campo alagado de arroz, em frente aos pais.

"As políticas de controle de população da China permitem aos insignificantes burocratas de todo o país ser uma mão livre para arruinar as vidas das pessoas na medida em que exigem suborno e presentes para dispensar decisões de vida ou morte", escreveu um jornal de Londres daquela época.

Depois de uma gritaria púbica, autoridades supostamente prenderam três oficiais de “planejamento familiar”.

De acordo com informação fornecida pela Embaixada Chinesa na Grã-Bretanha, o governo vê a política como beneficiária a toda sociedade. Ele defende que "esterilização e aborto forçados são estritamente proibidos pelas leis chineses e os criminosos serão punidos de acordo com a lei".

Em dezembro, um jornal de Taiwan citou o diretor da comissão de “planejamento familiar” do Estado chinês por admitir que a política tinha levado a abortos forçados, seleção sexual de abortos, assim como infanticídio e abandono de garotas recém-nascidas.
Mas a China continuaria implementando tal política, disse ele, enquanto continuasse a se opor à “coerção” e ao “aborto induzido".

A política foi afrouxada em algumas áreas, e alguns pais são permitidos ter uma segunda criança, em troca de pagar uma taxa, freqüentemente mais do que um salário anual.

Insensíveis

A maior organização britânica pró-vida, Life, declarou que apesar das fotos estarem profundamente estragadas, ficou agradecida ao fotógrafo por ter tirado as fotos descrevendo tão vivamente “as profundezas da assim conhecida política de planejamento familiar da China".

A porta-voz da Life, Nuala Scarisbrick, comentou a óbvia indiferença dos pedestres ao bebê abandonado.

"Evidentemente que na China eles se tornaram insensíveis ao horror de destruir crianças recém-nascidas na mesma medida em que o Ocidente tem destruído as crianças não nascidas".
Scarisbrick repreendeu o governo britânico por financiar agências internacionais de “planejamento familiar” que promovem o aborto. Ela falou que o governo deveria seguir o exemplo do Presidente Bush e parar de usar o dinheiro do contribuinte para sustentar essas agências.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional disse que enquanto não tivessem uma posição da "política de somente uma criança”, seria contrária às resultantes violações de direitos humanos.

"Nós acreditamos que o governo chinês devesse tomar uma atitude para garantir que seus oficiais de planejamento familiar não cometessem violações de direitos humanos ao causar as mulheres terem abortos, mesmo detendo-as fisicamente a ter abortos", disse Isabel Kelly, da Anistia.

Gary Streeter, porta-voz internacional de desenvolvimento do Partido Conservador, da oposição, disse ao Wednesday que era essencial que os britânicos não contribuíssem de nenhuma maneira a essa “prática pavorosa” e intercedessem a Beijing para garantir que isso acabasse.

Em uma carta à Secretária Internacional de Desenvolvimento, Clare Short, Streeter exigiu uma abrangente análise de todas os fundos britânicos ao governo chinês e a corporações não-governamentais de modo a "garantir que nenhum dinheiro dos contribuintes britânicos vá direta ou indiretamente apoiar a política de somente uma criança."

Um porta-voz de Short disse em resposta aos questionamentos que o departamento “não emprega dinheiro ao controle populacional na China ou em qualquer outro lugar".

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