Tuesday, July 10, 2007

O OCULTISMO DA BÍBLIA E DA KABBALAH

Rabi H. Geffen, grau 32, F.P.S.
A NOVA ERA – FEVEREIRO DE 1950
(A Revista Nova Era é o Órgão Oficial do Rito Escocês da Franco-Maçonaria)

Kabbalah é um conhecimento da Sabedoria Divina. Essa verdade é a pedra fundamental sob a qual a porção regeneradora e salvadora de toda verdadeira religião é baseada. A Kabbalah transmite para nós tal conhecimento conforme os adeptos daqueles tempos prefiram executar a escrever.

Nossas alegorias espirituais maçônicas são baseadas na Kabbalah, que é conhecida por nós modernos como a doutrina Kabbalística.

Monoteísmo é a única verdadeira religião. Estudantes maçônicos afirmam que a Bíblia seja um livro oculto no interior do qual o sistema Kabbalístico está encorpado em alegorias e símbolos. As leis escrita e oral são dependentes e completam-se uma na outra.

A Kabbalah se originou com os Essênios, e também com os iniciados Talmudistas, que dispuseram escolas Kabbalísticas que seguiram Akiba e Simon Ben Jochai, que consolidaram-na no interior de um sistema científico nos livros de Jetzirah e Zohar.

Os dois clássicos principais da Kabbalah, Jetzirah e Zohar, atribuidos respectivamente a Akiba e Simon Ben Jochai, revelam as bases da religião oculta dos Hebreus. O mais antigo e abrangente é o Sefer Jetzirah, provavelmente escrito pelo Rabi Akiba. O Zohar nos ensina que a verdadeira Torah, ou Lei de Moisés, não reside em interpretação literal do Pentateuco, mas alegórica.

Philo Judeas, em seu tratado "Sobre as Alegorias das Leis Sagradas", elucidou de uma forma bastante cautelosa alguns desses assuntos: a Criação, o Jardim do Éden, o Dilúvio, o Cultivo da Terra pelo Homem, a Confusão das Línguas, a Migração de Abraão, Suas Duas Esposas, e muito mais de tais assuntos tendo uma verdade mística como seu fundamento.

Moisés provavelmente recebeu e reviveu o Monoteísmo de Abraão. Mas, a Kabbalah Divina é a interpretação espiritual de símbolos e emblemas materiais. É essa chamada tradição, a Lei esotérica de Moisés que é a Torah, a partir da qual está registrada no Talmud: "Moisés recebeu a Lei Oral no Sinai e entregou-a a Josué e Josué aos Anciãos, e os Anciãos aos Profetas, e os Profetas aos Homens da Grande Sinagoga." Deve, portanto, ser bem entendido que a Torah desta forma mencionada pelo Talmud não é a escrita, mas a Lei Oral, ou Kabbalah, transmitida pela tradição de geração em geração, até ser reunida por Simon Ben Jochai e preservada no volume do Zohar. O Talmud é a Lei Oral e é, em si mesmo, em alguns lugares de um caráter Kabbalístico como um veículo simbólico da Kabbalah Divina.

Havia duas tradições na Kabbalah Oculta: uma tradição exotérica perpetuada e uma tradição esotérica no interior da qual a Kabbalah foi transmitida. A tradição exotérica é permeada com Kabbalismo. Deve-se ser um maçom estudioso para discernir a direção esotérica dos costumes exotéricos não tendo qualquer objeto divino.

Não é meu propósito aqui escrever a história de Moisés. É bem conhecido que ele obteve os mistérios ocultos do Egito, mas ele anulou as crenças supersticiosas dos Egípcios e construiu um verdadeiro credo Monoteísta de Sabedoria Divina. Então, ele insistiu na adoração sendo dirigida exclusivamente a Jeová, o Único Deus Universal Onipotente; ele também insistiu na perfeita pureza do pensamento, palavra e ação. Como um verdadeiro Profeta ele deve supor que seus sacrifícios consistem não do derramamento de sangue inocente, mas sua intenção era prevenir o povo de sacrifícios humanos.

Estudando diligentemente a Filosofia Oculta Maçônica, nós devemos tomar assim em consideração que a Bíblia é um Livro Kabbalístico, alegoricamente escrito e simbolicamente ilustrado. Os sistemas da Kabbalah e Maçonaria Esotérica são idênticos, e por essa razão os maçons chamam seus templos o Templo de Salomão. Todas as cerimônias maçônicas têm uma base Kabbalística. Sua virtude não é suspeita. Há disposições de conduta morais, higiênicas e espirituais oferecidas. O mais alto pensamento que a Kabbalah e a Maçonaria já expressou foi a Universalidade. Embora a história da Bíblia seja alegórica e simbólica e tenha muitas fábulas, é indubitavelmente fundada sob a verdade.

Moisés e os Profetas, os Essênios, e os Tanaim eram ocultistas e, conseqüentemente, a maioria senão todos seus escritos são manifestamente ou ocultamente investigados na Kabbalah; e nós podemos dizer com certeza que eles foram os precursores da Maçonaria. Essa suposição deve naturalmente ocorrer às mentes de somente pensar diretamente nos Maçons, que estão penetrados pelas virtudes sublimes de nossa ordem e são corretamente designados possuir o nome de estudantes Ocultos Maçônicos.

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