Sunday, June 14, 2015

Brasil colide-se com a Realidade da Raça

por Mike Konrad

Quando eu penso no Brasil, o que vem à mente inicialmente é a Aquarela do Brasil, um absolutamente glorioso samba escrito por Ary Barroso, em 1939, que se tornou internacional quando Walt Disney realizou um desenho empolgante em 1942 usando a música como pano de fundo.  A animação implora por representação, e acha-se difícil acreditar que ela pudesse ter sido feita décadas antes dos gráficos de computadores.  A música é hipnótica e sedutora, como o próprio Brasil.  Porém, a imagem é enganadora, como muito no Brasil.

Em 2012, o Brasil sobrepujou a Grã-Bretanha em produtividade econômica para se tornar a sexta maior economia no mundo.  Porém, com cinco vezes mais gente que a Grã-Bretanha, essa realização não é tão impressionante como parecia nas manchetes.  Em verdade, a Grã-Bretanha tem uma vantagem de renda per capita de 5 pra 1.

O Brasil é glorificado pelo seu uso de metanol, com uma redução proporcionada de combustíveis fósseis.  O que é ignorado é que o Brasil tem ¼ do número dos carros dos EUA, com um clima equatorial que pode encorajar produção de cana-de-açúcar como nenhum outro.  Seu sucesso é suspeito, e não é exportável para fora do Brasil.

O Brasil ainda é enaltecido como o líder das nações BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), e como a casa de força da economia do future, mas há um segredo escuro para o Brasil, algo que a mídia raramente fala, mas quando discursado resfriará o otimismo dos defensores do Brasil.

O Brasil é atualmente dois países.  O muito branco Sul europeu, e o norte muito africano.  A dicotomia não poderia ser mais clara; porém a própria história do Brasil e o politicamente correto conspiraram para ocultá-la.  Em vez disso, ao mundo é oferecida uma falsa pretensão para a melodia da Aquarela do Brasil.

A Aquarela do Brasil retratou o Brasil como uma gloriosamente dissimulada mulata.

Na década de 30, era chocante encontrar qualquer povo ocidental desejando retratar-se por meios de uma mulher de cor, mas isso foi o que o Brasil exatamente fez, décadas antes do resto do Ocidente abraçar o multiculturalismo. O intelectual do Brasil, Gilberto Freyre, louvava "as raízes raciais do Brasil e a harmonia social."

Nascido e uma família de privilégios, Gilberto Freyre converteu-se ao protestantismo e foi educado nos EUA.  Quando ele retornou ao Brasil, Freyre escreveu uma série de livros que o tornaram famoso em seu júbilo das raízes africanas do Brasil.

Na década de 30, Freyre introduziu a controversa [sic] teoria da “democracia racial brasileira”, a qual argumentava que a mistura racial (que era encarada com desprezo no Brasil) era enriquecedora para a cultura.

Nos EUA, Freyre poderia ter sido linchado por isso.  No Brasil, lhe foi dada uma cadeira de sociologia na Universidade do Brasil.  Oficialmente, suas idéias foram angariadas como política social.

Considere que Freyre estava defendendo mistura racial durante uma era quando o mundo sustentava em com respeito o Übermenschen Ariano de Hitler.  Isso não era uma mera teoria para Freyre.  Ele abraçaria novamente o catolicismo de sua juventude desde seu sincretismo com o panteão de deuses afro-brasileiros do Candomblé.  Até o homem forte do populismo do Brasil, Getúlio Vargas, entrou em ação e encorajou a celebração da diversidade racial do Brasil.

O samba, anteriormente suprimido pelas autoridades, agora era exaltado.  Posteriormente veio a celebração da bossa nova, melhor exemplificada como o Orfeu Negro, o filme favorite da mãe de Obama.  Tanto o samba quanto a bossa nova se tornariam mundialmente famosos, mas somente quando feito por broncos.  O mais africano tropicalismo, embora impressionante, não fez o mesmo sucesso.

Oitenta anos depois, o Brasil é simultaneamente respeitoso e assustador.  Suas indústrias são de classe mundial.  O Brasil é agora um participante na aviação e produção de armas.  São Paulo tem uma área de metrô de 20 milhões, e é famoso por sua abundância de arranha céus com heliportos.

Nenhuma cidade brasileira está aproveitando a atual explosão econômica mais do que São Paulo, onde executivos voam baixo em helicópteros vestindo ternos de $10,000. - The Guardian, 2008

Parece futurista, até se perceber que o rico usa o helicóptero não somente para evitar engarrafamentos, mas para evitar dirigir pra casa através de favelas, favelas que são pesadamente afro-brasileiras.  A democracia racial do Brasil somente funcionou no papel.  Ninguém realmente acreditava nela.  A dicotomia entre negros e brancos ainda está aí.

Apesar das melhoras, os negros brasileiros ainda ganham menos da metade que os brancos, de acordo com o DIEESE, uma instituição federal de pesquisa para sindicatos trabalhistas brasileiros.

Por trás de todo exagero do sucesso do Brasil colocam-se as pesadamente afro-brasileiras “favelas”, redutos onde as gangues locais atacam e expulsam a polícia.  A favela de Manguinhos no Rio era tão violenta que foi apelidada de “Faixa de Gaza”.

Essas favelas são erguidas pelos pobres em qualquer espaço livre disponível na cidade, próximo à prosperidade branca – e sim, eles são similares às vizinhanças Silwan Árabes de Jerusalém, próximos às bem cuidadas áreas Judaicas.  Analogias à Faixa de Gaza podem não estar distantes.

O governo brasileiro limpou um punhado de favelas para a Copa do Mundo de 2014, mas a maioria das favelas persiste; e sim, elas ainda são horrendamente violentas.  O divisor racial, embora oculto, define o Brasil.

Porém, enquanto brancos são somente 48% da população do Brasil, na região do Sudeste eles são uma clara maioria.

A região Sul [vermelho] é 79% branca, uma proporção levemente maior do que a média norte-americana.  O estado de São Paulo [verde] – adjacente ao Sul e a casa de máquinas industrial do Brasil – é 63% branca.  O estado do Rio de Janeiro [azul] é 54% branco, que é pouco acima da média nacional.  Misturado com portugueses estão um número pesado de alemães, vários de italianos, juntamente com ucranianos, holandeses, espanhóis e mesmo alguns confederados, entre outros.

Alguns desses brancos estão rejeitando a visão de Freyre.  Inspirando-se em uma história do passado de rebeliões separatistas brasileiras, grupos como “O Sul é o Meu País” estão defendendo uma secessão do Sul.  Em 2010, com a descoberta de campos de petróleo fora do Rio de Janeiro, o separatismo elevou-se novamente.

O Brasil pode falar de democracia racial, mas isso não é uma realidade.  Ações afirmativas foram recentemente introduzidas no Brasil; e isso não se revela bom para os brancos mais ricos.

Em um sistema comparável àquele nos EUA, os brancos ricos tendem a obter os pontos mais altos [em livres universidades federais] enquanto os outros 5 milhões de estudantes ocupam-se em universidades pagas.  Hoje, o governo está tentando mudar as coisas. – The Atlantic

Agora que a economia do Brasil está entrando em colapso, de acordo com o Zero Hedge, opções de governo podem ser limitadas.  Aquelas já podem desenvolver fissuras raciais.  O separatismo é pequeno agora, mas a agonia econômica pode ampliar as diferenças, e tornar as coisas mais agudas à frente.

De quem é a culpa? Quem sabe? Claramente o passado do Brasil foi feio.  Escravos negros trabalhavam até a morte em plantações de açúcar, onde a expectativa de vida era somente uns poucos anos.  Brasil foi o último país a proibir a escravidão na América do Sul em 1888.  Muito embora o Brasil nunca tenha editado leis Jim Crow, antigos preconceitos dificilmente morrem.

Não fosse pelas diferenças de língua, o Sul do Brasil poderia facilmente juntar-se à Argentina, uma nação que até recentemente orgulhava-se em sua ancestralidade européia.  Até mais irônico, o Sul do Brasil era originalmente parte das concessões espanholas, e não fosse pela guerra, teria permanecido com a Espanha, e posteriormente Argentina.  O segredo oculto da América do Sul é que a Argentina, Chile, Uruguai, e o Sul do Brasil são muito Europeus.  Os espanhóis até têm um nome para essa região: o Cone Sul.

"Negros não existem na Argentina, o Brasil tem esse problema"  - Presidente Argentino, Carlos Menem, 1996

Brasil é um estudo de caso.  Por um momento foi celebrado como exemplo que diversas raças poderiam prosperar harmoniosamente e pacificamente.  Sua prosperidade – que somente emergiu entre os brancos – está hoje se rompendo, e se se romper, o Sul do Brasil pode se separar, deixando um Brasil nordestino tão africano etnicamente africano e tão pobre quanto vários países na própria África, enquanto o Sul do Brasil pode acabar tão branco quanto próspero quanto áreas da Europa.  Os europeus do Sul começaram a migrar para a Argentina e Brasil depois que começou a crise econômica européia.

Tão amável quanto o sonho multicultural foi – e ainda é – ele pode provar-se ainda um fantasma.  Uma coisa é assimilar um irlandês, alemão ou italiano numa cultura inglesa ou latina, e outra coisa assimilar na generalidade milhões de negros ou árabes muçulmanos.  Eu espero que eu esteja errado, mas eu não posso encontrar nenhuma evidência contrária de larga escala, com exceção de indivíduos notáveis que não podem ser representativos.

O mundo pode ter aceito que enquanto todos os homens são criados iguais, nem sempre são criados compatíveis.  Eu não estou satisfeito com isso.

2 comments:

  1. Anonymous11:05 AM

    Olha, eu morro no litoral de São Paulo, numa cidade chamada Santos, que já foi o porto mais importante de Portugal no Novo Mundo, e você realmente sente a diferença entre o centro desenvolvido de Santos, de maioria branca, com São Vicente - ou pior, a área continental de São Vicente, onde eu trabalho - conforme você vai entrando de ônibus ali, depois de sair de Santos, as pessoas vão ficando cada vez mais marrons até gente branca praticamente sumir, e ao mesmo tempo as coisas vão ficando mais arrebentadas, sujas, as pessoas mais grosseiras e violentas. Porque é assim eu não me atrevo a responder, só digo o que vejo todos os dias.

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    1. É lógico que há diferença, e há diferenças profundas entre uma cidade mais branca e uma mais mestiça, principalmente nos costumes. Negar a existência de raças é a maior imbecilidade da modernidade.

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