Sunday, June 05, 2005

Franco-maçonaria e Vaticano

O Segredo Maçônico: Páginas 45-52

Em seu trabalho de subversão, a franco-maçonaria responsabiliza-se por três tarefas que representam sucessivas etapas em direção ao objetivo final.

O primeiro passo é trabalhar no interior de suas lojas. A franco-maçonaria gradualmente impregna seus iniciados dos princípios e ideais maçônicos. É mais uma sutil equivalência das técnicas de lavagem cerebral comunistas. Os irmãos formados dessa maneira compreendem grupos ativos na superfície das lojas.

Segundo, é o trabalho de propaganda no mundo exterior. A franco-maçonaria tem aperfeiçoado uma muito efetiva técnica de propaganda oculta no mundo, de forma geral, que consiste em propagar e impor os ideais maçônicos além das lojas, sem revelar a fonte secreta de que essas correntes se originam. Como um dos oradores do Convento do Grande Oriente de 1922 expressou, "A maçonaria deve ser sentida por toda parte, mas em nenhum lugar sua face deveria ser desvelada". Isso consiste em disseminar a crença na natural, inevitável e irresistível evolução do progresso humano.

O terceiro passo em direção ao objetivo final está no campo da atividade política. A propaganda ideológica, como descrita acima, corre em paralelo com a conspiração política, cujo objetivo é tomar o poder e colocar franco-maçons em posições de comando. Na medida do possível, o público não deve saber que eles são maçons.

Todo esse vasto campo de atividade é protegido por dois segredos: o segredo esotérico no interior das lojas maçônicas; e a ação política secreta fora das lojas.

Deixe-nos agora passar ao estudo da natureza do segredo esotérico. No primeiro estágio, novos membros são atraídos pelas generosas e humanitárias profissões de fé da franco-maçonaria, e também pelas promessas de influência e assistência oculta.

Os candidatos são cuidadosamente e perfeitamente escolhidos, examinados bastante tempo antes que eles estivessem mesmo próximos. Quando eles são recebidos no interior da loja, eles são levados a prestar um juramento de segredo, que é renovado toda vez que eles avançam a graus mais altos. Nesse ponto começa o segundo estágio na formação do candidato; tão logo ele venha a se tornar um Maçom, um processo de formação doutrinária (ou lavagem cerebral) começa, que continuará por toda sua vida.

Os enunciados do princípio são escolher e expressar habilmente termos vagos, generosos e humanitários que podem ser interpretados de formas muito diferentes. Cautelosamente, e por fáceis estágios, um neófito aprende que esses termos têm um significado oculto, um significado mais alto, que ele não entenderá até que ele tenha experimentado iniciação mais distante. Nesse caminho, ele aprende, uma por uma, de uma sucessão de significados ocultos, que a ele é contado ser uma elevação à Luz, em que ele gradualmente se torna impregnado. Isso é o propósito da sucessão de diferentes graus; se o Maçom é receptivo, ele ascende na hierarquia Maçônica, e mesmo assim ele nunca em nenhum tempo sabe exatamente onde ele permanecerá ali, nem quantos maiores graus ou pessoas controlam a organização. Como na organização secreta comunista, alguém nunca está muito seguro se os degraus titulares correspondem ao real assento do poder.

A franco-maçonaria é, portanto, em uma lógica, uma sucessão de sociedades secretas superpostas umas nas outras, cujo modus operandi tem sido vagarosamente desnudado, pelo menos em amplo contorno, por uma série de pacientes investigadores; todavia, ela continua desconhecida para o público geral e, de modo geral, continua a ser muito efetiva.

Para justificar os enunciados acima, aqui estão uns poucos textos maçônicos emanandos de altos dignatários na Ordem, que eles mesmos admitem serem iniciados em um alto nível.

"Os Graus Azuis", escreveu Albert Pike, "são apenas a recepção exterior ou pórtico do Templo. Parte dos símbolos estão mostrados ali para o Iniciado, mas ele é intencionalmente enganado por falsas interpretações. Não é tencionado que ele venha a entendê-los; mas é tencionado que ele venha a imaginar entendê-los. Sua verdadeira explicação é reservada aos Adeptos, os Príncipes da Maçonaria. Todo o corpo da arte Real e Sacerdotal era escondido tão cuidadosamente, desde séculos, nos Altos Graus, como que fosse mesmo assim impossível resolver vários dos enigmas que eles contêm. É bem suficiente para a massa daqueles chamados de Maçons, imaginar que tudo está contido nos Graus Azuis; e cujas tentativas de apontar o erro deles será em vão, e sem qualquer recompensa verdadeira por violar essas obrigações como um Adepto. A Maçonaria é a verdadeira Esfinge, enterrado até a cabeça nas areias espalhadas em volta pelos tempos." (A. Pike: Morals and Dogma, p. 819)

O bem-conhecido Maçom inglês, Wilmshurst, diz a mesma coisa:

"O método em questão (da franco-maçonaria) é de iniciação; a convenção e a prática é aquela de alegoria e símbolo, que é de obrigação do franco-maçom, se ele deseja compreender esse sistema, trabalhar para interpretar e pôr em interpretação pessoal. Se ele falhar nisso, ele ainda fica— e o sistema deliberadamente tenciona que ele deveria—na escuridão sobre os segredos e significados da Ordem real, embora anteriormente um membro dela." (W. L. Wilmshurst : The Maçônico Initiation, 1957, PP- 4-5)

E mais adiante ele diz:

"Nós professamos conceder a iniciação, mas poucos Maçons sabem o que a real iniciação envolve; muito poucos, alguém suspeita, teriam o desejo, a coragem, ou a disposição de fazer os necessários sacrifícios para realizar isso." ( W. L. Wilmshurst, ibid., p. 17)

Por seu lado, Irmão Oswald Wirth, tão elogiado por Mellor, nos conta que:

"Quando a franco-maçonaria, ou por essa matéria qualquer outra confraria baseada na iniciação, orgulha-se de sua impenetrável manta de segredo, não é um caso do transferível, mas do inteligível conteúdo dos mistérios. Alguém pode divulgar apenas a carta morta, não o espírito, que de seu próprio consentimento revela-se àqueles que são privilegiados em entender.

"É um assunto sério pedir a Iniciação, para alguém que tem que assinar um pacto. Concordado, não há nenhuma assinatura externa, formal, visível; não pode ser comparada com assinar um nome com sangue, por ser puramente moral e imaterial, demanda que a alma do homem seja verdadeiramente comprometida no ato. Não é, portanto, como dirigir uma barganha com o Demônio, em que aquele Mau permite que ele mesmo seja enganado; é um acordo seriamente interiorizado em ambos os lados, e não há escapatória dessas cláusulas. Os iniciados de fato fecham um pacto dentro de certas obrigações dirigidas aos discípulos assim admitidas aos seus ensinos, já que o próprio discípulo está, por aquele absoluto fato, indissoluvelmente amarrado aos seus mestres. . . .

"Note que os guias nunca são vistos e não empurram a si mesmos adiante. . . .

"Nos fundamentos de qualquer real iniciação há certos obrigações contraídas. Tome cuidado então de bater na porta do Templo se você não está resolvido a se tornar um novo homem. . . .

"Tudo não seria nada mais do que uma armadilha e uma desilusão, se você não pedisse para ser iniciado livre de toda obrigação, sem pagar com sua alma para sua entrada na fraternal comunhão com os pedreiros desse grande edifício humanitário, cujo desenho tem sido traçado pelo Grande Arquiteto do Universo. . . ." (O. Wirth: L'Idéal Initiatique, pp. 10-11)

Desta forma, há uma teologia secreta na franco-maçonaria, para usar a aguda expressão de Rabbi Benamozegh, em seu livro Israel et l'Humanité e, nesse contexto, ele está em total concordância com os escritos Maçônicos dos quais nós citamos, se Francês, como Oswald Wirth, Inglês, como Wilmshurst, ou Americano, como Albert Pike; se "regular" ou "irregular", para usar os termos do Sr. Mellor.

Então vem o segundo estágio nas atividades secretas da Maçonaria—atividade secreta do lado de fora das lojas—que consiste em expandir e implantar por todo o mundo os ideais filosóficos da franco-maçonaria sob uma cobertura comum de humanitarismo.

Esse trabalho é consumado por infiltração secreta e a circulação secreta de ideais, por meios de uma técnica admiravelmente descrita para nós pelo Franco-maçom Regis, quando falava no Convento do Grande Oriente em 1928:

"Sob a influência do Grande Oriente, e na tranqüilidade e silêncio de nossos Templos, nós deveríamos estudar todas as mais importantes questões que afetam a vida de comunidades, da Nação e da humanidade em geral. Nossos Irmãos estarão perfeitamente bem informados; eles deixarão o Templo bem instruídos, totalmente equipados para a batalha adiante. Eles nos abandonarão seus aventais e suas insígnias exteriores da Maçonaria; eles afundarão na cidade da mesma forma que cidadãos comuns, mas cada um estará perfeitamente impregnado de nossa visão de mundo, e cada um, em seu circulo profano, em seu partido ou sua união, agirá de acordo com sua consciência—já que, Eu repito, ele estará saturado pelo ensinamento que ele tem recebido.

"O resultado será rico—não porque é oculto, mas porque a influência da Maçonaria gradualmente penetrará em todo lugar; para a confusão do mundo profano, o mesmo espírito e a mesma unidade de ação forçarão seus caminhos adiante, e, como em um bem construído silogismo, uma certa conclusão produzindo inevitáveis conseqüências gradualmente emergirá e irá se impor em seu ambiente profano.

"Sobre e acima de todas nossas outras lealdades, um poder não pode negar que nos governa; esse poder é o poder espiritual chamado franco-maçonaria.

"E por que não seguir esses orgulhosos pensamentos para sua conclusão lógica? Porque nós sabemos mais, porque nós trabalhamos adiante em linhas mais profundas que a massa daqueles que pertencem a grupos profanos, e é quase inevitável que nós venhamos a tomar o seu comando. Deixem-nos esconder nossa luz sob um bushel; para uma grande extensão sem precedente, e desta forma muitos corpos profanos fiquem sem problema de receber uma infusão de nosso quente, sangue vivo. Eu estou perfeitamente bem ciente que nós, discretamente, formamos a elite em todos os grandes partidos sociais sociais e políticos, e que desta forma nós estamos seguros de estarmos aptos a controlar sua política. É nossa obrigação-Eu repito, nossa obrigação-ter certeza que nós controlamos os políticos que são eleitos, que nós corrijamos seus erros, e mostremos a eles seus enganos, e os repreendamos pelo que eles têm falhado em fazer. Em uma palavra, a franco-maçonaria deveria ser a `consciência do político'." (Irmão Regis, Convento do Grande Oriente 1928, p. 256)

Finalmente, nós chegamos ao terceiro estágio do trabalho da Maçonaria, que é sua intervenção direta na política.

Isto é como Leão XIII descreveu-a em sua Encíclica de 19 de Março de 1902:

"A franco-maçonaria é a permanente personificação da Revolução; ela constitui um tipo de sociedade em reverso cujo objetivo é exercitar uma soberania oculta sobre a sociedade como nós sabemos, e cuja única raison d'étre consiste em travar guerra contra Deus e Sua Igreja". (Encíclica: No 25º Ano de Nosso Pontificado)

É instrutivo, nesse contexto, comparar a conclusão do famoso Papa com as seguintes passagens do igualmente renomado franco-maçom, Oswald Wirth:

"A causa da franco-maçonaria se tornou identificada com a causa da República, e se campanhas eleitorais às vezes absorveram tantas vezes os assuntos das lojas, a razão é que todos os amigos do progresso, procurando dar um golpe final nos clérigo e reacionários, ridicularizados juntos sob o estandarte da Maçonaria." (O. Wirth : Le Livre de l'Apprenti, p. 80)

"Se nesses momentos de agonia civil, as lojas tinham se limitado ao que nós podemos chamar de sua ocupação normal em tempo de paz, elas teriam falhado em sua mais sagrada obrigação, pois elas teriam recusado defender a herança das liberdades conquistadas pelos nossos valiosos ancestrais. É para sua honra que elas têm quebrado suas regras, lançando-se com toda pressa na arena política. Elas formaram-se no interior de comitês eleitorais para salvar a República, esquecendo momentaneamente a alta filosofia humanitária cujo culto é o alvo básico da franco-maçonaria." (O. Wirth : L'Idéal Initiatique, p. 82)

A franco-maçonaria tem tomado as rédeas da política internacional, e especialmente em todos os movimentos revolucionários que têm sacudido a Europa e o mundo desde 1789: em 1830, 1848, e 1871 na França; em 1848 e 1917 em outro lugar na Europa, para mencionar apenas os mais importantes exemplos. A franco-maçonaria gaba-se de ter sido tanto a inspiração e a secreta governadora da Terceira República na França (1870-1939), e é a franco-maçonaria que tem estado na vanguarda da luta contra a Igreja Católica na França, Itália, Espanha, Portugal e Áustria—ou, em uma palavra, todo lugar por onde a Igreja fosse a religião do país. Nós não nos propomos a reescrever essa história aqui, nem mesmo a resumir as atividades políticas da franco-maçonaria; nós somente mencionamos isso para lembrar ao leitor que esse é um fator que deve ser levado em conta. (Para um completo estudo dessa questão, veja Leon de Poncins : The Secret Powers behind Revolution.)

Mas um ponto que nós devemos enfatizar nesse contexto é o segredo cercando todas essas atividades.

A franco-maçonaria praticamente nunca é mencionada na Imprensa; livros de história silenciam-se a respeito do poder e influência da Ordem, e os governos e parlamentos nunca ousam debater um tal perigoso assunto. Reportagens de encontros maçônicos e congressos não estão disponíveis ao público; revistas e publicações maçônicas não são colocadas na Bibliothéque Nationale ou no British Museum, embora a lei do país demande isso.

Em geral, nós podemos dizer que a franco-maçonaria tem se sucedido em dirigir suas atividades políticas em segredo. Mas nenhum segredo pode ser guardado indefinidamente, e quase sempre é possível descobrir as origens maçônicas de uma decisão política, assim e assado—só por aquele tempo que é geralmente tão tarde para escondê-lo. Nós escolhemos os seguintes exemplos de história para ilustrar esse ponto:

O tratado de paz de 1918 foi diretamente inspirado pela Maçonaria. Suas cláusulas foram trabalhadas em uma grande conferência internacional maçônica que tomou lugar em 28, 29 e 30 de Junho de 1917, no quartel general do Grande Oriente da França na Rue Cadet, Paris. Essa conferência foi cuidada por representantes das principais lojas de países aliados e neutros—Itália, Suíça, Bélgica, Sérvia, Espanha, Portugal, Argentina, Brasil, Estados Unidos (de onde duas lojas em Arkansas e Ohio, não representadas, enviaram cordiais saudações) e assim por diante; somente a Grande Loja da Inglaterra não esteve representada. Em 1936, as minutas completas desse encontro vieram à tona e foram publicadas em sua integridade, acompanhadas por um detalhado comentário, em Leon de Poncin's : La Société des Nations-Super—Etat Mgonnique, em que todas as informações e documentos nos seguintes parágrafos foram conseguidos.

As preparações para o Congresso em Junho foram postas em mão no começo de Janeiro de 1917, como as minutas do subseqüente encontro relatam:

"Enviando a você o sumário de minutas da Conferência Maçônica das Jurisdições das Nações Aliadas, que foi preparado em Paris em 14 e 15 de Janeiro de 1917, assim como as resoluções e o manifesto aí adotado, é nosso privilégio informar a você que esse Congresso decidiu organizar um Congresso Maçônico no Grande Oriente da França, em Paris, nos próximos dias 28, 29 e 30 de Junho.

"O objeto desse Congresso será investigar os meios de elaborar a Constituição da Liga das Nações, assim como prevenir a repetição de uma catástrofe similar para uma presente cólera que tem precipitado o mundo civilizado em lamentação.

"Foi opinião dessa conferência que esse programa não pode ser discutido somente pela franco-maçonaria das Nações Aliadas, e que isso é uma matéria também para os corpos maçônicos das nações neutras para trazer qual luz o eles possam ter para a discussão de um problema tão grave. . . .

"É responsabilidade da franco-maçonaria na conclusão do drama de agora estar representada para fazer sua grande e humanitária voz ser escutada, e guiar as nações em direção a uma organização geral, que se tornará sua salvaguarda. Seria faltar com sua obrigação, e falso para seus grandes princípios, manter isso em silêncio. . . .

"É claramente compreensível que o Congresso Maçônico se confinará inteiramente no campo humanitário, e que, em conformidade com as Constituições Maçônicas, não tocará em qualquer questão de natureza política.

"Nós estaríamos muito gratos em receber de você a garantia de seu apoio com o mínimo atraso possível. . . ." (Leon de Poncins; La Société des Nations, pp. 65-67)

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