Adaptado de Gail Sullivan
De acordo com um novo estudo, quando você é Judeu e procura por um emprego, você não é somente um do povo escolhido, você é um dos mais escolhidos do povo, pelo menos no Sul da América moderna. O estudo de discriminação religiosa recentemente publicado no jornal "Social Currents" descobriu que aspirantes a emprego cujo curriculum vitae (CV) traía uma afiliação religiosa eram 26% menos prováveis de serem contratados por um empregador - exceto para aspirantes Judeus.
Os pesquisadores Michael Wallace, Bradley R.E. Wright e Allan Hyde da Universidade de Connecticut enviaram 3.200 falsas aplicações para 800 empregos no interior de 150 milhas de duas maiores cidades do Sul através de um popular website de empregos. Cada empregador pegou quatro CVs com qualificações de emprego comparáveis. A única coisa que separou os candidatos a falsos empregos era se seus CVs mencionavam envolvimento com um grupo religioso - tal como pertencer à Associação de Estudantes Muçulmanos ou a Casa de Hillel, uma organização Judaica.
CVs para o grupo de controle indicaram nenhuma afiliação religiosa. Os outros indicaram que aspirante era ateu, católico, evangélico, Judeu, pagão, muçulmano ou uma religião forjada chamada “Walloniana”.
Empregados preferiam o grupo de controle. Isso confirmou a hipótese dos pesquisadores que os empregadores rejeitariam declarações transparentes de identidade religiosa. Mesmo no Sul, que é mais religioso do que qualquer outra parte da nação, é possível que os empregados vissem expressão religiosa transparente como potencialmente ofensivo aos clientes e colegas de trabalho.
Muçulmanos eram menos prováveis de serem contratados por empregadores, recebendo 38% menos e-mails e 54% menos chamadas telefônicas do que o grupo de controle. Ateus e pagãos eram também impopulares e, para uma menor extensão, Wallonianos e Católicos. Evangélicos tendia para o mesmo que o grupo de controle.
“Somente Judeus escaparam totalmente ilesos", disseram os pesquisadores, relatando "nenhuma evidência estatisticamente significante contra esse grupo em todos os 8 indicadores no estudo.” Em verdade, os pesquisadores descobriram que alguns empregadores pareciam favorecer aspirantes Judeus, na medida em que eles eram mais prováveis que qualquer outro grupo religioso para obter uma resposta precoce ou exclusiva de um empregador.
E o que isso significa? A explicação que os pesquisadores acharam mais convincente é que as pessoas são parciais àqueles que lhes são culturalmente similares. Isso explicaria o motivo pelo qual grupos menos similares aos culturalmente dominantes evangélicos - ateus, muçulmanos, pagãos e wallonianos - encaravam mais discriminação.
Católicos, enquanto Cristãos, são uma minoria pequena no Sul e não são considerados verdadeiros Cristãos por muitos evangélicos, uma explicação para sua impopularidade.
Os Judeus, por outro lado, não parecem tão diferentes aos sulistas, sugere o estudo.
“Os Judeus e especialmente o estado Judaico de Israel alinha-se com grande importância à teologia evangélica; de fato, evangélicos expressam mais forte apoio para Israel do qualquer outro grupo étnico ou religioso, exceto os próprios Judeus”, registraram os pesquisadores. Um outro fato-chave: os Judeus dificilmente constituem 1% da população do Sul e têm “mais bem sucedidamente se assimilado à cultura prevalecente do que os Judeus de outras regiões”, observaram os pesquisadores. Diferente de seus equivalentes do Norte, os Judeus do Sul não formavam enclaves étnicos.
Para Ginsberg, sua fé era uma inovação que intensificava seu interesse, enquanto os Judeus do Sul podem estar interessando em parte porque eles se harmonizavam.
Esse estudo reproduz um estudo mais precoce de empregadores em New England. “Em geral, enquanto há evidência de discriminação em New England, com a exceção de Muçulmanos, é muito menos pronunciado que no Sul”, escreveram os pesquisadores. “Isso sugere, ironicamente, que a discriminação religiosa é mais prevalecente em regiões do país onde a religião é mais ardorosamente praticada.”
Parabéns pelo seu blog...
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